Pagamento de horas extras está entre os principais temas da Justiça do Trabalho e lidera demandas nas instâncias superiores

Em março, o Tribunal Superior do Trabalho mudou o entendimento sobre o pagamento de horas extras; saiba como a tecnologia pode ajudar as empresas a estimarem provisões trabalhistas.

Fonte: Vanessa Louzada - Deep Legal

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Reprodução: Pixabay.com

As ações trabalhistas requerendo o pagamento de horas extras estão entre as principais demandas registradas no Tribunal Superior do Trabalho (TST), nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e nas varas Trabalhistas (JTs). Segundo dados da Justiça do Trabalho de novembro do ano passado, somente os TRTs possuíam 181.806 processos em tramitação, ocupando o primeiro lugar no ranking de assuntos mais recorrentes, à frente das ações cujo objeto de discussão é o aviso prévio (122.694) e o pagamento da multa de 40% do FGTS prévio (108.776).


Na Corte máxima da Justiça Trabalhista (TST), o tema está em segundo lugar, com 31.971 processos em tramitação, sendo que o primeiro versa sobre honorários advocatícios (33.634) e em terceiro lugar a negativa de prestação jurisdicional (31.200). Na primeira instância são 348.379 ações sobre horas extras em tramitação nas Varas do Trabalho, ocupando o segundo lugar no ranking, atrás somente das reclamações sobre pagamento de multa de 40% do FGTS prévio (348.379).


“Historicamente as horas extras sempre estiveram entre os cinco assuntos mais recorrentes da Justiça do Trabalho e a tecnologia pode auxiliar as empresas a entenderem melhor essa dinâmica na volumetria de processos e como o tema tem sido conduzido no Judiciário”, explica Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal, lawtech especializada em inteligência artificial e gestão preditiva.


De acordo com ela, diante deste volume expressivo de informações, o uso da ferramenta Legal Analytics ajuda as empresas a mapear as ações em curso e estimar de forma mais assertiva as provisões trabalhistas. O diagnóstico dos dados envolve desde a coleta e mineração das informações até uma análise preditiva, que indica a probabilidade de sucesso de uma demanda judicial, o perfil do reclamante, o tempo médio de duração dos processos e os entendimentos dos juízes em determinado tema.


Com uma visão global das demandas em tramitação e uma gestão jurídica baseada em dados, é possível ainda adotar ações para evitar futuros processos contra a empresa. “As ações trabalhistas são fontes poderosas de insights para estruturação de planos de ação preventivos nos RH´s das empresas, através de identificação dos assuntos, perfil dos autores e advogados, juntamente com avaliação de probabilidades e monitoramento constante", destaca Vanessa Louzada.


Recentemente, o TST decidiu que o valor do descanso semanal remunerado majorado pelo pagamento habitual de horas extras deve incidir, também, sobre outras parcelas salariais, como férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS. O novo entendimento, definido no julgamento de um incidente de recurso repetitivo (IRR), passou a valer no final de março.


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