Obras de tribunais de Justiça são suspensas

Em razão dos sucessivos atrasos das futuras sedes dos fóruns, o TJRJ decidiu rescindir o contrato com a construtora, faltando ainda 25% da obra para a conclusão da construção

Fonte: OAB-RJ

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Depois de sucessivos atrasos na entrega das futuras sedes dos fóruns de Arraial do Cabo e de Iguaba Grande, ambos na Região dos Lagos, o Tribunal de Justiça do Rio decidiu ontem rescindir o contrato com a construtora Kremer Engenharia, responsável pelas obras. A medida foi tomada após uma visita técnica às obras. Em Arraial do Cabo, cerca de 90% do prédio está pronto e, em Iguaba Grande, os trabalhos pararam faltando ainda 25% para a sua conclusão.

 
O TJ já marcou quatro vezes a inauguração dos novos fóruns e teve que mudar as datas. Segundo o engenheiro Luiz Cláudio Regaço, diretor do Departamento Geral de Engenharia do Tribunal de Justiça do Rio, há cerca de três meses a construtora Kremer, que tem sede em Brasília, começou a apresentar problemas: falta de material nos canteiros para o andamento das obras e atraso no pagamento dos salários dos operários.


"Conversamos com a construtora, que passa por um momento difícil, e percebemos que ela não tem condições de entregar as obras de Arraial e de Iguaba. A obra do Juizado da Gávea, no Rio, foi entregue pronta e sem problemas", disse ele.
 
 
Ele se comprometeu a ir amanhã a Arraial do Cabo para transmitir a decisão aos 30 operários que reclamam de atrasos nos pagamentos e vão se reunir com integrantes da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
 
 
As obras dos fóruns de Iguaba e de Arraial começaram no dia 4 de outubro de 2010. O prazo previsto para a entrega era de 180 dias - ou seja, os prédios deveriam ser inaugurados em abril de 2011.
 
 
Quanto à qualidade da obra e possíveis problemas com a estrutura, o engenheiro disse que nada foi constatado de anormal.
 
 
Bombas d'água têm sido usadas nos canteiros porque, como falta concluir os trabalhos, ocorrem alagamentos nos terrenos - algo dentro do previsto.
 
 
"O TJ também é vitima, porque essa construtora venceu a licitação. Concorreu com mais quatro empresas e ganhou por oferecer menor preço. Na ocasião, a Kremer estava com toda a documentação em dia e mostrava saúde financeira. Agora não", disse o engenheiro Luiz Cláudio.
 
 
Com a decisão, o TJ vai abrir nova licitação, para escolher outras empresas para concluir as obras.
 
 
Ontem, cerca de 30 operários que trabalham no canteiro de Arraial fizeram uma manifestação em frente à obra, reclamando da falta de equipamentos de segurança e de atraso nos pagamentos.
 
 
Responsáveis pela empresa não foram localizados para falar sobre o caso.

Palavras-chave: Construção; Suspensão; Obras; Rescisão contratual; Edifícios

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