Novo presidente da Câmara deve ser escolhido até o dia 29

Fonte: Agência Brasil

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A renúncia do deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) à presidência da Câmara e ao mandato parlamentar abriu espaço para a eleição de um novo presidente da Casa. Dois partidos, PT e PMDB, se reuniram esta noite com as bancadas para discutir, separadamente, o próximo pleito. Conforme o prazo estabelecido no regimento, o sucessor de Severino deve ser eleito até o dia 29. Será um parlamentar entre os 513 deputados no exercício do mandato.

As articulações para a eleição, que começaram há quase duas semanas (antes da renúncia), agora se intensificam. Já são quase 20 candidatos ao cargo, segundo na linha sucessória do presidente da República, atrás apenas do vice-presidente. A maioria dos líderes partidários aplaudiu a retirada voluntária de Severino e apontou na renúncia como uma oportunidade para Cãmara reconquistar uma boa imagem.

"Se o Severino permancesse no cargo, a agonia seria prolongada. Agora, temos a possibilidade de construir um novo ambiente para o Legislativo com um candidato que tenha credibilidade", avalia o líder do PSB, Renato Casagrande (ES). "O ideal seria uma candidatura única para a presidência, mas como isso não deve ser possível, deveríamos ficar com duas ou três candidaturas. A patir deste momento, os partidos vão dialogar."

Um dos quatro candidatos do PT, o deputado José Eduardo Cardozo (SP) disse esperar que os partidos tenham boa vontade na busca por um nome para a presidência da Câmara. O petista defende uma escolha consensual para que o parlamento volte a aprovar leis e conduzir as investigações de corrupção no Legislativo da melhor forma.

"O PT sugeriu quatro nomes em avaliação coletiva. Esse nomes podem ou não ter aceitação. Mas o importante é que a gente construa bem esse proceso. Se não vai para o plenário e a gente perde a oportunidade de repactuar", alertou Cardozo.

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), sugeriu que o novo presidente da Câmara seja um parlamentar com "postura e dignidade". Para Freire, existem mais de 100 nomes na Casa com esse perfil. Mas, na avaliação do deputado pernambucano, mais importante do que pensar no novo presidente é garantir mudanças na composição da Mesa da Câmara.

"Se o Nonô [José Thomaz Nonô, PFL-AL] for mantido, a vaga de vice deve ser composta com o PT, partido com a maior bancada", defendeu Freire. "Com isso, a Mesa da Câmara estará fortalecida para enfrentar os processos de cassação e punição. Nos últimos meses, essa casa foi aviltada com a presença de um despreparado."

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