'Não estou nem aí', afirma Barbosa sobre número de negros no Judiciário

As vésperas de sua aposentadoria, presidente do STF e do CNJ não demonstra preocupação com resultado do censo feito entre magistrados

Fonte: Estado de S. Paulo

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“Não sei e estou de saída. Não estou nem aí”. Estas foram as palavras de Joaquim Barbosa,  presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em resposta a questionamento de jornalistas sobre os dados do Censo do Judiciário, que mostrou que apenas 1,4% dos magistrados do país são pretos.


Indagado sobre a possibilidade do censo levar à discussão sobre as cotas no Judiciário, Barbosa usou uma expressão em alemão para dizer que não está preocupado com o assunto porque irá se aposentar.


“Não sei e estou de saída. Es ist mir ganz egal [expressão em alemão que significa 'para mim tanto faz']. Não estou nem aí”, afirmou, ao deixar a última sessão do conselho antes de sua aposentadoria, prevista para o fim do mês.


Questionado sobre o balanço de sua gestão e a última sessão no CNJ, Barbosa afirmou: “Eu tenho um balanço, procurem a assessoria. Balanço de ordem financeira, orçamentária, de ordem administrativa, disciplinar, tem todos esses dados. Agora, vocês nunca querem saber”.


O Censo do Poder Judiciário, apresentado por Barbosa em sua sessão à frente do CNJ, foi feito de forma voluntária por servidores e magistrados de todo o país. Os dados apontam o perfil médio da magistratura é de homens brancos (84,5%), com média de idade de 45  anos, casado e com filhos.

Palavras-chave: organização judiciária joaquim barbosa censo cnj

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2 Comentários

Jesiel Nascimento Advogado18/06/2014 13:27 Responder

Será esta a verdadeira face de S. Excia.?

jubiraci de araújo santana a dvogado18/06/2014 16:24 Responder

O ex-Presidente do Supremo ao longo do seu exercício de Ministro, sempre demonstrou esta face irascível, autoritária, e desrespeitadora do pensamento alheio e, por fim, vem demonstrar a sua indiferença para com uma questão que tem mobilizado a sociedade civil no sentido de fazer valer uma maior representação da população afrodescendente nas esferas do poder. Quem quiser conhecê-lo bem, basta acompanhar as suas posições ante repórteres, pares e, até mesmo a da Presidência da República. Já vai tarde!

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