SÃO PAULO - O Conselho Superior do Ministério Público do estado de São Paulo decidiu nesta terça-feira, por 6 votos a 3, expulsar de seus quadros o promotor Tales Ferri Schoedl, que matou um jovem e feriu outro em dezembro de 2004 durante uma discussão na Riviera de São Lourenço, um condomínio de luxo em Bertioga, no litoral paulista.

Com a decisão, o promotor não pode voltar ao cargo e perde o benefício de ser julgado pelo crime no Tribunal de Justiça (que cuida de casos relacionados a membros do MP). Agora, Tales Ferri terá que enfrentar o Tribunal do Júri de Bertioga, onde o crime ocorreu.

As famílias dos dois jovens, Diego Mendes Mondanez e Felipe Souza, baleados pelo promotor, festejaram a decisão e esperam que ela seja mantida no órgão especial.

O advogado de Tales Ferri, Ronaldo Bretas Marzagão, disse que vai recorrer da sentença no órgão especial do colégio de procuradores.

O Conselho Superior do Ministério Público é formado por nove procuradores de Justiça e já havia decidido pela expulsão do promotor, mas o órgão especial do colégio de procuradores de São Paulo anulou a decisão no dia 22 de junho deste ano. Com isso, o caso voltou ao conselho para um novo julgamento.

Segundo o presidente do conselho do MP, procurador José de Arruda Silveira Filho, o órgão especial do colégio de procuradores deve decidir em no máximo um mês se acata a decisão do conselho ou determina um novo julgamento.