Ministério Público analisa perda de cargo de acusado de matar jovem

Fonte: Folha Online

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O Órgão Especial do Colégio de Procuradores do Ministério Público de São Paulo analisa nesta quarta-feira recurso de Thales Ferri Schoedl, promotor considerado não-vitaliciado em julgamento ocorrido em abril. Ele é acusado de matar um jovem e balear outro, na madrugada de 30 de dezembro de 2004, na Riviera de São Lourenço, em Bertioga (litoral de São Paulo).

Caso a decisão seja mantida, Schoedl perde o cargo e o foro privilegiado. Com isso, passa a ser julgado no Tribunal do Júri de Bertioga, e não pelo Tribunal de Justiça do Estado.

Quando o crime ocorreu, Schoedl exercia a função de promotor de Justiça substituto em Iguape (litoral de São Paulo). A vitaliciedade é concedida somente a partir do segundo ano no cargo --Schoedl havia completado apenas um ano e três meses.

Crime

O crime ocorreu na saída de um luau. As vítimas faziam parte de um grupo que teria mexido com a namorada de Schoedl. Ele foi preso horas depois do crime e alegou legítima defesa.

O acusado disse que foi cercado após uma discussão e que disparou contra o chão, para dispersar os rapazes, que teriam imaginado que as balas eram de festim. Acuado, então, ele atirou na direção dos jovens.

Entretanto, ao contrário da versão apresentada por Schoedl, testemunhas ouvidas pela polícia disseram que, após passar pelo grupo de jovens, o promotor iniciou uma discussão, por achar que eles olharam para sua namorada. Em seguida, teria sacado a arma, atirado no chão e depois na direção dos garotos.

Diego Mendes, 20, que era jogador de basquete, morreu. Felipe Siqueira Cunha de Souza, 20, foi internado em estado grave.

No dia 16 de fevereiro, os desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça concederam liberdade provisória ao promotor.

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