Mesa rejeita proposta de liberação do uso do terno
Camata, que é 2º secretário da Mesa, deixou a reunião logo após a decisão dos colegas.
O uso do paletó e gravata no Senado continuará sendo obrigatório. É que a Mesa Diretora rejeitou nesta terça-feira (25) proposta do senador Gerson Camata (PMDB-ES) que desobrigava o uso do terno pelos funcionários e parlamentares da Câmara e do Senado com o objetivo de reduzir despesas com energia elétrica.
Camata, que é 2º secretário da Mesa, deixou a reunião logo após a decisão dos colegas.
- Era um ato da Mesa e foi rejeitado por unanimidade. A dignidade da Casa não pode dispensar o paletó - criticou o senador capixaba.
A idéia de Camata teve origem em decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), que em julho autorizou seus funcionários de Nova York a usarem apenas camisa de manga longa, acompanhada de calça social, e ajustou a temperatura do ar-condicionado de 22 ºC para 25ºC. Segundo o senador, a iniciativa resultou numa economia de US$ 100 mil mensais na conta de energia elétrica.
Em discurso da tribuna no último dia 29, Camata sugeriu que a administração federal seguisse a idéia da ONU.
- Num país tropical como o Brasil, por que é que nós temos de nos vestir com traje europeu? - questionou o senador, durante o pronunciamento.
Para Camata, a medida não só representaria economia de gastos públicos, mas também diminuição de emissões de carbono na atmosfera. Ele observou ainda que, no caso das mulheres - e citou especificamente as senadoras -, já há liberdade de vestimenta.