Mercado jurídico cresce e pede por advogados gestores

Das 100 mil vagas de trabalho geradas por mês no país, 7% são para a área jurídica. Alta demanda por serviços exige que advogado demonstre ter conhecimentos na área de gestão

Fonte: JusBrasil

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O Brasil gera cerca de 100 mil vagas de trabalho por mês. E cerca de 7% das vagas em aberto são direcionadas ao mercado jurídico, segundo a Santivo Consultoria, que contabilizou posições de advogado e de cargos destinados a bacharéis sem inscrição na OAB. No outro extremo, até 2014, o número de advogados com OAB será de 1 milhão, sem contar os bacharéis, cujo número é muito maior. O funil é a prova de que o mercado jurídico brasileiro passa por uma intensa profissionalização.


A grande procura por profissionais qualificados e talentosos força as bancas a oferecer melhores salários e pacotes de benefício para atrair o interesse dos candidatos. Pesquisa do Fórum de Departamentos Jurídicos aponta que o que mais desestimula os profissionais de escritórios e departamentos é a falta de atrativos na remuneração e nos benefícios.


A advogada Marcia Bicudo, especialista em Direito Empresarial da Mobidomo Consultoria, afirma que há mercado para todos esses profissionais. “A área do Direito é uma das que oferecem maiores oportunidades de carreira, ainda que não seja diretamente ligada à técnica jurídica”, diz.


Nesse cenário, as áreas mais demandadas são Societário, Tributário, Compliance, Imobiliário, Infraestrutura, Mercado de Capitais e Trabalhista.


Gestão legal


Mas o cenário promissor esbarra na falta de profissionalização da gestão das bancas. Segundo Márcia, conceitos simples de planejamento, orçamento, fluxo de caixa e fundo de reserva são desconhecidos para a grande maioria dos profissionais recém-formados e que não possuem uma experiência corporativa. O fato é comprovado pela presidente da Comissão de Advogados de São Paulo, Clemencia Wolthers, que afirma que muitos advogados recém-formados tentam formar sociedades, mas nem sempre conseguem mantê-las por imaturidade. Segundo ela, em média, 60 sociedades são constituídas por mês em São Paulo.


Desmistificar e adaptar os conceitos da gestão legal como estratégia de valor é o desafio de mudança desse modelo. “Não basta só conhecer profundamente a operação, a cultura e o planejamento do cliente. Esse conhecimento deve gerar informação relevante a ser tratada não só de forma qualitativa, mas também quantitativa e plenamente mensurável”, afirma Márcia.


Segundo ela, para o cliente é mais importante gerenciar e medir diariamente os riscos da sua atividade para controlar o impacto nos seus resultados e na sua imagem do que o trabalho técnico visando ganhar causas. Os clientes querem, ela afirma, que os sócios dos escritórios tornem-se empreendedores da advocacia e sejam hábeis nos aspectos gerenciais, já que o escritório é uma organização empreendedora como qualquer outra.


Por isso, é importante a participação de gestores, que atuam de foram estratégica e dirigida aos resultados da organização. A atuação desses gestores é mais agressiva e direcionada a um foco planejado e diretamente ligada à conquista de resultados fora do ambiente corporativo interno. As estratégias gerenciais diminuem preocupações objetivas (tempo, dinheiro e desvio de foco) e subjetivas (imagem, perda de mercado) que atrapalham a execução dos trabalhos contratados.


Márcia reforça a necessidade de o advogado estar preparado e orientado fora do aspecto técnico. "O advogado precisa de toda uma estrutura de conhecimento adaptada à realidade jurídica para que possa separar do dia a dia a atividade puramente técnica e uma atividade de gestão de negócios, já que o advogado é, antes de mais nada, um empresário."


Os departamentos jurídicos são um exemplo. Eles têm diminuído de tamanho e terceirizado o trabalho técnico, tornando seus advogados internos mais conhecedores do negócio da empresa. O administrador jurídico Rogério Antônio Rafael entende que a terceirização ocorre pela necessidade de destacar as funções que demandam conhecimento técnico das mais administrativas. "A segmentação das funções jurídicas e não jurídicas de um escritório permite que o gestor jurídico tenha uma visão mais ampla do negócio e consiga manter a qualidade técnica na elaboração dos processos", explica.

Palavras-chave: Mercado Jurídico Profissionais Advogados Gestores

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1 Comentários

João Batista Torres de Albuquerque advogado27/08/2013 0:21 Responder

Prezado Senhores: Sou profissional na área jurídica há 32 anos. Sou escritor jurídico com mais de 35 obras publicadas e consagradas na bibliografia jurídica nacional. Meu pseudônimo autoral é J.B. Torres de Albuquerque. Atualmente atuo em minha banca jurídica aqui na cidade de Leme, interior de São Paulo. Estou hoje com 54 anos de idade. Já venho procurando uma colocação profissional há mais de três anos, mas não obtive alguma pretensão sequer até agora. Mas caso algum leitor se interesse por minha bagagem profissional entre em contato. Fico agradecido pela acolhida à esta minha pretensão. Atenciosamente João Batista Torres de Albuquerque

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