MEC vai cortar mais 3.500 vagas em cursos de direito

Medida faz parte da avaliação de 80 cursos com baixo desempenho no Enade. Sobe para 24 mil as vagas cortadas; mais da metade das 47 mil vagas que eram ofertadas.

Fonte: G1

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Medida faz parte da avaliação de 80 cursos com baixo desempenho no Enade. Sobe para 24 mil as vagas cortadas; mais da metade das 47 mil vagas que eram ofertadas.

A Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) informou nesta quinta-feira (31) que mais 3.500 vagas em cursos de direito serão cortadas por causa do processo de supervisão de 80 cursos que tiveram baixo desempenho no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Com isso, sobe para 24 mil as vagas cortadas pelo MEC - mais da metade das 47 mil vagas que eram ofertadas. Os nomes das instituições não foram divulgados pelo MEC.

O objetivo da diminuição de vagas, segundo o ministério, é melhorar a qualidade do ensino jurídico. Em outubro de 2007, 80 cursos de direito foram notificados pelo MEC por terem registrado conceitos inferiores a 3 no Enade e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).

Essas graduações foram supervisionadas por uma comissão de especialistas que sugeriu, entre outras medidas, a redução de cadeiras nos vestibulares. Em janeiro deste ano, 29 cursos assinaram termos de saneamento de deficiências e, em abril, outras 22 aceitaram as medidas do MEC.

Além da redução de vagas, estão previstas outras ações, como a melhoria do perfil do corpo docente (titulação e regime de trabalho), estruturação do núcleo de prática jurídica, organização do núcleo docente, reorganização de turmas, política de contratação e gestão de pessoal, revisão do projeto pedagógico, adequação da estrutura física e dos recursos de apoio, aquisição e manutenção de equipamentos e sistemas, organização de acervos.

Segundo a assessoria de imprensa da Sesu, as 29 instituições que assinaram o acordo em janeiro deverão apresentar um relatório apontando as melhorias que foram aplicadas neste período. No final deste mês, as medidas serão avaliadas pela comissão do MEC. As outras instituições, que assinaram o acordo em abril, deverão apresentar o relatório de melhorias em outubro.

Punições

A comissão que vistoria as faculdades foi designada por portaria e é composta por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Associação Brasileira de Ensino de Direito (Abed).

Se as faculdades não assinarem o termo de compromisso proposto, podem sofrer processos administrativos ou até mesmo o fechamento das graduações. O termo de saneamento tem validade de até 12 meses a partir da assinatura. Após esse período a instituição será reavaliada pelo MEC.

Outros cursos

O MEC também está supervisionando cursos de pedagogia, normal superior e medicina. Segundo o relatório atual, cinco cursos de normal superior foram extintos por decisão da própria instituição, uma está sofrendo processo administrativo para ser descredenciada e cinco estão transformando seus cursos em pedagogia.

Nos cursos de pedagogia avaliados, cinco foram extintos por decisão das instituições, quatro entrarem com recurso acatados pela comissão avaliadora e foram excluídos do processo de supervisão, 22 cursos estão com termos de saneamento assinados e 13 passarão por visita in loco em agosto.

No caso de medicina, os processos foram distribuídos entre os membros da comissão e especialistas para preparação dos roteiros de visita que ocorrerá em agosto. Ao todo, 17 instituições passarão por visita in loco.

Palavras-chave: Direito

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1 Comentários

Ricardo Func. Público (Bacharel e operador do Direito)09/10/2008 18:00 Responder

Alguem do governo começando a trabalhar e sem a ajuda de uma famosa instituição com fins lucrativos denominada OAB! A tempos estão pedindo para que o MEC faça algo com relação ao ensino superior em ciências juridicas de má qualidade, porem o maior incentivador dessa "batalha" não faz nada para ajudar, alias, institui uma provinha "TDF" (Toma Dinheiro Facil) denominada "Exame da Ordem" e no outro dia vemos estampados em jornais e revista que há quadrilhas do "é só pagar para passar" e que seus membros ativos são presos em cadeia tentando entrar com celulares em cadeias, ou fazendo parte de organizações criminosas por esse pais a fora! Parem de falar e façam algo para ajudar o MEC a erradicar as más instituições de ensino jurídico! Aí sim veremos cair essa pouca vegonha de exame da ordem!

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