Maratona hacker promovida pela Câmara chega à fase final

Projetos de aplicativos tem o objetivo de dar mais transparência ao Legislativo do País

Fonte: Agência Câmara

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Começou nesta terça-feira (29) a fase final da maratona hacker da Câmara dos Deputados – Hackathon. Até a próxima sexta-feira, 50 hackers estarão na Câmara para desenvolver projetos de aplicativos com o objetivo de dar mais transparência ao Legislativo do País.


Os 50 participantes foram escolhidos entre 183 inscritos e, juntos, apresentaram 27 propostas de aplicativos. Entre as sugestões estão um jogo que simula o processo legislativo, um mapa da seca para monitoramento pela Comissão de Meio Ambiente e um programa que permite que qualquer pessoa acompanhe os gastos dos parlamentares individualmente.


“Há uma critica muito grande de que é difícil acompanhar a atuação parlamentar e compreender o processo legislativo, a tomada de decisões. O objetivo aqui é suprir essas deficiências. Quanto mais a sociedade souber e conhecer o processo legislativo, melhor vai ser sua capacidade de influenciar e de fazer críticas construtivas”, afirmou o coordenador do evento e servidor da Câmara, Cristiano Ferri.


“O mais importante é estimular uma cultura política de abertura e permitir que a sociedade civil se articule com o Legislativo", acrescentou a facilitadora do encontro e representante do coletivo Transparência Hacker, Daniela Silva.


Esta é a primeira maratona hacker do Congresso brasileiro. Segundo Ferri, as outras duas únicas experiências do tipo com o Legislativo aconteceram no parlamento inglês e na Câmara Municipal de São Paulo.


Protótipos


Os participantes da Hackathon terão quatro dias para apresentar protótipos de seus aplicativos. Depois dessa etapa, será mais uma semana para a execução das versões finais.


A comissão julgadora – composta por nove integrantes, sendo sete de fora da Câmara – irá escolher as três melhores propostas. As equipes ganhadoras receberão, cada uma, R$ 5 mil de prêmio com patrocínio do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal (Sindilegis) e do Tribunal de Contas da União (TCU).


A ideia é que os três aplicativos ganhadores e outros avaliados pela comissão estejam no site da Câmara e disponíveis para acesso público até o final de novembro.


Único deputado integrante do colegiado que vai escolher os melhores aplicativos, Paulo Pimenta (PT-RS) acredita que a Hackathon deve aproximar a sociedade dos parlamentares. “Eu vou procurar identificar iniciativas e mecanismos que possam desmistificar a dificuldade que muitas vezes a sociedade tem em conhecer aquilo que nós fazemos. A partir daí, vamos propor soluções, que podem ser na área do processo legislativo, da participação popular, da divulgação das iniciativas e da análise de discursos, por exemplo”, explicou.


Gênero


Um dos aplicativos que estão na disputa pretende garantir um formato simples para acompanhamento da atuação da bancada feminina da Câmara. Haydée Svab é uma das hackers que propôs o aplicativo.


Única integrante feminina do grupo e uma das únicas três mulheres que participam da maratona hacker, ela relaciona a baixa participação feminina na política e nas áreas tecnológicas: “Existe a ideia construída socialmente de que a mulher pertence ao espaço privado, não ao espaço público. Seja na política ou na tecnologia, quando se pensa em pessoas relevantes, que desenvolvem um trabalho reconhecido, raramente esses profissionais são mulheres”, lamentou.

Palavras-chave: maratona hackers câmara fase final transparência legislativo

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