Mãe de aluna morta em ataque quer processar escola

Noeli da Silva Rocha afirma que 'quer Justiça'. Ela culpa falha na segurança da escola municipal Tasso da Silveira

Fonte: G1

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“Eu quero Justiça”, disse, nesta quinta-feira (14), a dona de casa Noeli da Silva Rocha, de 38 anos, mãe da menina Mariana Rocha, uma das 12 crianças mortas no ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, no dia 7 de abril. Ela informou que pretende processar o colégio.


Como é que eles deixam um bandido que fez isso subir e matar um monte de criança? Isso foi erro de quem? Não foi da escola? Então eles vão ter que me pagar”, desabafou ela, após a reunião de pais e professores na Tasso da Silveira.


Segundo Noeli, há cerca de um mês o filho mais novo dela, Eduardo, de 11 anos, esqueceu o lanche em casa e ela tentou entregar na escola, porém foi impedida no portão. “Eu não tive acesso nem na secretaria da escola, tive que entregar do portão. (...) Como que deixam esse cara entrar?”, indagou ela.


Noeli contou ainda que na quarta-feira (13) houve uma reunião na casa da mãe da menina Larissa Atanázio, morta no ataque. Ela não pode ir, mas foi informada que um advogado ficou encarregado de ir à prefeitura do Rio. “Vou entrar com uma ação, queria reunir todas as mães, tem umas que já estão concordando comigo. Não é questão material, mas que isso não fique impune”, disse ela.


A dona de casa disse que tirou o filho mais novo da Tasso da Silveira e ele já recebeu uma bolsa em um colégio particular da região. “Ele não dorme, não come”, disse ela. De acordo com Noeli, o menino chegou a ir à missa de sétimo dia das vítimas, mas passou mal e teve que deixar o local.


Procurados pelo G1, o Ministéio Público informou que não é responsável por esse tipo de ação; a Ordem dos Advogados do Rio (OAB-RJ) disse que não pretende entrar na Justiça; e o governo afirmou que ainda não tem informações sobre esse assunto.


Reunião de pais e professores


Na reunião desta quinta-feira, a segurança foi o principal tema do encontro, que durou cerca de uma hora. Segundo os pais, uma das decisões tomadas seria de que a Guarda Municipal faria segurança permanente na unidade, mas, procurada pelo G1, a assessoria da Guarda não confirma essa informação.


Os pais que estiveram na reunião contaram ainda que alguns seguem com receio de retornar as aulas. Ainda segundo os pais, uma das salas atacadas será transformada numa biblioteca e a outra será reservada para crianças com necessidades especiais.


Readaptação deve levar três semanas


As aulas, no entanto, serão retomadas gradativamente em até três semanas. Nos primeiros dias, a previsão é que os alunos participem apenas de atividades lúdicas e as turmas voltem às suas rotinas aos poucos.

Palavras-chave: Segurança Pública; Tragédia RJ; Atirador; Morte; Escola; Processo; Mãe

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