Líderes da bancada evangélica se articulam para apresentar novo projeto da "cura gay"
Novo projeto suspende três em vez de dois artigos da resolução do Conselho Federal de Psicologia
Relator do projeto na Comissão de Direitos Humanos, o deputado Anderson Ferreira (PR-PE) discutiu com assessores uma nova versão do projeto apelidado de "cura gay". A ideia é protocolar uma proposta similar ainda nesta quarta-feira (3). Em reação às manifestações que sacudiram o país, a Câmara arquivou nesta terça o projeto que pretendia liberar psicólogos a promover a "cura" da homossexualidade.
Como há impedimentos regimentais para que o texto seja idêntico ao que foi arquivado, o novo projeto suspende três em vez de dois artigos da resolução do Conselho Federal de Psicologia. A derrubada do texto foi motivada por manobra de parte dos líderes da Câmara e do PSDB --partido do autor do projeto, o deputado João Campos (GO).
Após pressão do PSDB, Campos solicitou ontem o fim da tramitação da matéria e o pedido foi aprovado rapidamente pelo plenário da Casa.
A proposta pretendia derrubar trechos de uma resolução do CFP (Conselho Federal de Psicologia) e, dessa forma, permitir que os psicólogos oferecessem tratamento para a homossexualidade.
Há três semanas, a proposta foi aprovada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara, sob o comando de Marco Feliciano (PSC-SP). Após protestos, líderes começaram a recolher assinaturas para levar o projeto diretamente ao plenário sem passar por outras comissões.
Em outra frente, o PSDB, temendo a exploração do fato na eleição de 2014, passou a trabalhar contra o texto.
Campos afirmou que o principal motivo para o pedido de arquivamento foi a nota divulgada pelo PSDB, na semana passada, em que o partido chama a "cura gay" de um "grave retrocesso".
"Meu partido soltou uma nota com posição contrária, matou o projeto. E esse projeto não é uma pauta da sociedade, qual é a urgência? Não vou permitir que o governo use o projeto para desfocar a pauta das ruas, que são segurança e saúde de qualidade, o fim da impunidade e a adoção de punições contra os mensaleiros pelo Supremo", afirmou o deputado.
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou que preferia ter votado o projeto. "Gostaria de ver o texto derrotado no plenário, para que fosse jogado no lixo da história."
A "cura gay" foi um dos alvos das manifestações das últimas semanas. Na semana passada, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), prometeu a um grupo que trabalharia para "enterrar" o projeto.
Depois que o projeto foi retirado, Feliciano fez uma provocação: "Na próxima legislatura a bancada evangélica vem dobrada, e a gente vem com força total", declarou.
Antonio Carlos policial aposentado03/07/2013 21:35
O Nobre deputado Anderson Ferreira (PR-PE), deve protocolar proposta de \\\"CURA POLÍTICO\\\", quem sabe após tratamento eles ou conseguem ser honestos e trabalhar para o povo que o elegeu.
C?sar Jeansen Estudante de Direito04/07/2013 9:38
Este projeto é uma estultície, coisa de desocupados que surfam no preconceito de certa sectarização religiosista estaparfurdista distorcendo os grandes valores do Evangelho, deixando de defender a Constituição Federal e obrigando o povo a conviver com um lixo diário de hipocrisia e impropriedades de quem deveria defender a função de legislador do povo e se coloca como corruptor de funções.
Tania Advogada04/07/2013 12:43
Preocupar-se com a cura de milhares de brasileiros que esperam em vilas intermináveis por um tratamento, preocupar-se com pacientes depositados nos corredores de hospitais ou preocupar-se com o atendimento e a acessibilidade das pessoas com deficiencia e idosas o dito deputado não quer? É bom refrescar a memoria do dito cujo sobre os problemas sérios do pais e dizer a ele que de cura precisa a sua mente. Que 2014 chegue logo para a renovação. Que o Brasil esteja bem acordado para as eleições!
Jacag Advogado04/07/2013 14:00
o projeto serpa reapresentado e vai ser um avanço, porque ão se pode preconceituar como quer o Conselho Federal de Psicologia. Se ser gay é comportamental, a psicologia existe para possibilitar a liberdade de mudança de atitude. Exigir a pseudo liberdade (?) é puramente abraçar o farisaísmo. Quem acha que se nasce gay (cientificamente improvável), mais um motivo para ser curado pela outorga da própria liberdade, constitucionalmente garantida. Muito simples; família apenas subsiste na relação homem e mulher. É bíblico e real, o restante é oportunismo leviano. Sobre filhos de casais homoafetivos, é a destruição da família. Verdadeiro retrocesso made in Brazil (o STF) ter abalizado tanta irreflexão e falso conceito de liberdade. Um absurdo a homologação pelo STF e o arrepio do famigerado Conselho Federal de Psicologia. Triste tempo!
Jacag Advogado04/07/2013 14:11
Importa acrescentar que países que abraçaram a família gay (nunca foi família) já estão percebendo a dilaceração dos princípios morais, tudo sendo tornado em levianismo permissivo. Basta ver (o que vem por detrás???) os capítulos, peças teatrais e malecidente interesse frustrante de meios de comunicação que apresentam em suas novelas o \\\"amor gay\\\"; beijos entre o mesmo sexo e até barriga de aluguel para gerar filhos de homoafetivos. Verdadeiramente um louvor à idolatria e aos interesses sorrateiros. A reapresentação do projeto, modificado por não de permitir a repetição, ainda poderá ser um freio contra a falsa ideologia. Vamos confiar na bancada evangélica e nos verdadeiros líderes que buscam defender a essência da real família.
Jacag Advogado04/07/2013 14:39
Importa também deixar claro que conceito de família é procedimento padrão, logo um estereótipo. Ser ou não curado não significa estar doente, mas se autosugestionar tanto emocionalmente como até fisicamente, porque a pessoa pode se deixar levar pela falsa informação. Na verdade o gay não pode ser motivo de nenhum tipo de preconceito, porque é um cidadão como qualquer outro e merce respeito. Chamar de destruição familiar os filhos de gays, adotados ou via barriga de aluguel também é absurdo, porque só existirá tal destruição se não houver a devida orientação dos pais naturais ou não e o fato de serem gays, não pode significar desmontagem do núclio familizar. Enfim, a verdadeira realidade é buscar a real compreensão, deixando ao comportamento pessoal o mudar de atitude ou não, sem prejuízo da sociedade. Não se pode, pois fomentar divisões nem contra e nem a favor. O perigo está em buscar a igualdade quando se teoriza, pois tal procedimento pode levar-nos a enganos. Na verdade, ser gay é ser como qualquer um. Nunca seria uma doença, mas um ato comportamental, até prova científica em contrário.