LGPD: 56% das empresas entrevistadas ainda não estão em compliance com a lei

Em pesquisa da Akamai deste ano, mais da metade dos tomadores de decisão dizem que sua empresa ainda não está pronta para a LGPD.

Fonte: Redação - PR Consultant

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Reprodução: Pixabay.com

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) traz novos rumos para a segurança de dados no Brasil. Com o objetivo de estabelecer regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, uma lei que entrou em vigor ano passado elevação ou proteção de proteção de dados pessoais e traz penalidades relevantes para as empresas que não cumprirem uma norma. Ainda assim, segundo estudo da Akamai, empresa líder para proteger e fornecer experiências digitais, 56% das empresas ainda não estão totalmente em compliance com a lei.


Feita com mais de 400 empresas / tomadores de decisão por meio da Toluna em 2021, uma pesquisa revelou que 8% dos entrevistados ainda não sabem o que é a LGPD. Em 2020, esse número era de 24%. No entanto, mesmo com mais informações sobre a lei e com a aplicação de multas em vigor, 13% ainda não iniciou o processo de conformidade, 36% trabalhando está para entrar em conformidade com a lei e apenas 44% já está em conformidade com um LGPD.


Legislação e o impacto nos negócios


O processo da LGPD no Brasil aconteceu em meio a uma pandemia do coronavírus, e isso afetou uma maneira como as empresas se adaptaram à ela. Um exemplo disso é que, apesar da portaria com as regras ter sido publicada em março, quando uma pesquisa foi realizada em julho, 12% ainda não sabiam onde encontrar informações sobre a lei e 27% afirmaram que não conseguiram acompanhar a alteração de dados.


“O objetivo da LGPD é proteger os usuários e seus dados de acessos não autorizados, em consequências acidentais ou pela ação de cibercriminosos”, afirma Claudio Baumann, diretor geral da Akamai na América Latina. “Para isso, é necessária a adoção de medidas de segurança para proteção, conservação e eliminação dessas informações, assim como a preparação de documentos que evidenciem essas ações. A criação de um banco de dados para auxiliar o controlo dos pedidos dos titulares dos dados - acesso, anonimização, consentimento, portabilidade, etc. - também é necessária ”, afirma.


O Brasil segue os passos de países europeus ao discutir a segurança de dados pessoais, principalmente com o número de roubo de informações crescendo no país mais de 1000% nos dois últimos anos, segundo dados da Akamai. A lei europeia GDPR, na qual a LGPD foi baseada, aplicou o equivalente a mais de 1 bilhão de reais em multas só no ano passado. No Brasil, as multas da LGPD fornecem a ser aplicada em 1º de agosto de 2021 e os valores podem chegar a até 50 milhões de reais. O quanto antes as empresas iniciarem o processo de conformidade, menos suscetíveis estarão à penalidades


Mudanças nas empresas


Educar funcionários é fundamental quando falamos de LGPD. É preciso estabelecer regras de boas práticas ao captar, administrar e tratar os dados internos da empresa. Estabelecer procedimentos, normas de segurança, diminuição de riscos no tratamento de dados pessoais é um dos primeiros passos para manter informações de funcionários e clientes de segurança. “O home office não cria dificuldades específicas para a implementação da LGPD, mas reforça a necessidade de utilizar soluções de segurança para proteção de acessos às aplicações das empresas e, consequentemente, os dados destas”, comenta Baumann.


Além dos prejuízos financeiros, que não são poucos, a não aplicação da lei pode afetar a reputação da empresa e a confiança do cliente em seus produtos e serviços devido ao vazamento ou roubo de informações. Essas são complicações mais profundas, podendo causar impactos não só imediatos na receita, mas comprometer o volume de negócios da empresa de modo permanente. Segundo a pesquisa da Akamai, em comparação com o ano passado, houve um aumento no número de pessoas que afirmaram que sua empresa foi vítima de pelo menos um caso de fraude ou roubo de dados digitais nos últimos dois anos - 32% este ano contra 24 % em 2020.


Para Baumann, os casos de vazamento e roubo de dados vistos recentemente ressaltam a necessidade das empresas em revisar a proteção de dados de seus clientes e soluções implementar e processos robustos de segurança digital, tanto para seu banco de dados institucional quanto para seus funcionários. “Vale ressaltar que uma solução de proteção adequada das informações dos clientes não inviabiliza como ações de personalização de marca que são feitas hoje nos sites e e-mails, a diferença apenas é que os clientes precisam autorizar que suas informações sejam utilizadas. A lei também serve para estabelecer uma relação de confiança entre empresas e seus clientes ”, conclui.


Metodologia


A pesquisa tem como base a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que trouxe novos rumos para a segurança de dados no Brasil. O estudo ocorreu por meio de um painel online com mais de 400 empresas / tomadores de decisão, em parceria com a Toluna entre julho e agosto de 2021.


Sobre a Akamai - A Akamai protege e oferece experiências digitais para as maiores empresas do mundo. A Akamai Intelligent Edge Platform engloba tudo, desde a empresa até a nuvem, para que os clientes e suas empresas possam ser rápidos, inteligentes e protegidos. As principais marcas mundiais contam com a Akamai para ajudá-las a obter vantagem competitiva por meio de soluções ágeis que estendem o poder de suas arquiteturas multinuvem. A Akamai mantém as decisões, as aplicações e as experiências mais próximas dos usuários, e os acessos a cada vez mais distantes. O portfólio de soluções Security Edge, Web Performance e desempenho em dispositivos móveis, acesso corporativo e entrega de vídeos da Akamai conta com um atendimento excepcional ao cliente e monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana, durante todo o ano. www.akamai.com, blogs.akamai.com ou @Akamai no Twitter. Nossas informações de contato global estão disponíveis em www.akamai.com/locations.

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