Justiça ouve mais cinco testemunhas do assassinato de Renné Senna

Caso Mega-Sena

Fonte: TJRJ

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A irmã de Adriana Ferreira Almeida - acusada de ser a mandante do crime - que morava na fazenda com o casal e era esposa do então administrador foi a primeira a depor, como informante, por ser parente de uma das acusadas. Ela contou que, no dia do crime, Adriana saiu de casa depois de Renné para ir ao mercado, acompanhada de um segurança, e que foi ela quem avisou Adriana do crime, pelo celular. Disse também que o relacionamento de sua irmã com Renata Senna, filha de Renné, era “normal”.


O segundo a depor, também na condição de informante, foi o cunhado de Adriana, marido da primeira depoente. Ele contou que tinha conhecimento de um boato de que a fazenda onde o casal morava seria invadida após a demissão dos ex-seguranças da família Ednei e Anderson, já condenados pelo assassinato de Renné. Ele também teria ouvido rumores de que havia um plano para sequestrar a filha de Adriana. O cunhado afirmou ainda que Adriana sempre mandava os seguranças acompanharem Renné, mas ele muitas vezes os dispensava. O ex-administrador da fazenda não confirmou um depoimento que deu em sede policial em que disse que, no dia do crime, sua esposa ligou para o celular de Adriana avisando que Renné acabara de sair para ir ao bar, em Lavras, onde acabou sendo morto.


O enfermeiro que cuidava de Renné na época do crime, terceiro a depor nesta quarta-feira, disse que havia um local apropriado para ele fazer os curativos no paciente e que suas feridas estavam melhorando rapidamente por causa das injeções de insulina que ele tomava diariamente, aplicadas por Adriana. Ele afirmou que Adriana chegou a comentar que “se Renné morrer vão colocar a culpa em mim”.


O segurança da fazenda que acompanhava Adriana no dia do crime foi o quarto a depor e disse que trabalhou com Renné de dezembro de 2006 até sua morte, tendo permanecido na fazenda nove meses após o assassinato. Ele contou que, no dia do crime, foi com Adriana ao mercado e, na volta, pararam em um bar para comprar cigarro. O segurança saiu, então, do carro para fazer a compra e, ao retornar, sua patroa estava chorando ao telefone, após saber da morte de Renné. Em seguida, os dois se dirigiram a Lavras, onde ocorrera o crime, mas, no caminho, encontraram o cunhado de Adriana, que afirmou que não havia mais nada a fazer, pois Renné já estava morto.


 Adriana e o segurança foram à fazenda, mas, ao chegar lá, ela resolveu ir ao local do crime, onde ficou por cerca de 20 minutos. Ao voltarem à fazenda, lá encontraram Renata Senna e seu noivo. Pouco depois, o segurança e Adriana foram à rodoviária de Rio Bonito buscar o pai de Adriana e o deixaram em um bar em Lavras.


A mãe de Adriana foi a quinta testemunha a depor – também como informante. Ela disse que estava na fazenda no dia do crime e que foi interrogada lá mesmo por policiais que a pressionaram muito. “Queriam que eu incriminasse minha filha, mas eu disse que ela era inocente e que quem fez isso queria prejudicá-la”, afirmou. Ela contou que Renata Senna se recusava a ajudar a cuidar do pai e que, em uma noite de Natal, ele teria pedido a ela que fizesse o exame de DNA, o que foi recusado por Renata.


O advogado de defesa de Adriana, Jackson Rodrigues, pediu a dissolvição do Conselho de Sentença porque não sabia que o pai de Adriana tinha estado em Rio Bonito no dia da morte de Renné, o que ainda será decidido pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa.


Processo nº  0004242-15.2007.8.19.0046

 

Palavras-chave: Mega-Sena; Testemunho; Testamento; Depoimento; Acusação

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