Justiça mantém decisão de levar casal Nardoni a júri popular

Por unanimidade, a Justiça de São Paulo negou nesta terça-feira (24) o recurso da defesa do casal Nardoni, que pedia a anulação da sentença, e manteve a decisão de levar os acusados pela morte de Isabella Nardoni a júri popular. Cabe recurso contra a decisão.

Fonte: G1

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Nesta terça, desembargadores decidiram por unanimidade pela prisão. Pai e madrasta são acusados de matar Isabella Nardoni há um ano em SP.

Por unanimidade, a Justiça de São Paulo negou nesta terça-feira (24) o recurso da defesa do casal Nardoni, que pedia a anulação da sentença, e manteve a decisão de levar os acusados pela morte de Isabella Nardoni a júri popular. Cabe recurso contra a decisão.

A decisão foi dada por três desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da capital. O primeiro a falar foi o relator Luis Clares de Mello. Ele manteve a pronúncia e afirmou que ?é o único e inevitável caminho? porque há indícios de autoria e materialidade de que Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina, cometeram o crime. Os três desembargadores também decidiram por unanimidade pela manutenção da prisão do casal.

Laudos

A defesa do casal Nardoni criticou na manhã desta terça os laudos que sustentaram a denúncia feita pelo Ministério Público contra os acusados de matar Isabella Nardoni, há mais de um ano em São Paulo. Não é a primeira vez que os advogados fazem isso. Eles, aliás, sempre se mostraram contrários aos laudos oficiais que sustentaram a acusação.

O advogado Marco Pólo Levorin, um dos contratados para defender o casal, tentou argumentar aos julgadores que toda a investigação que levou à prisão, acusação e denúncia do casal teve falhas e, por isso, Alexandre e Anna Carolina não devem ser julgados por pessoas comuns.

O julgamento do recurso foi aberto à imprensa. O casal, que está preso, não compareceu.

Críticas

O pai e a madrasta são acusados de matar a menina Isabella em 29 de março de 2008. Ela tinha 5 anos e foi jogada da janela do 6º andar do prédio onde morava o casal, na Zona Norte de São Paulo. A decisão de mandá-los a júri popular foi tomada pelo juiz Mauricio Fossen, da 2ª Vara do Júri da Capital, em 31 de outubro do ano passado.

O pai e a madrasta de Isabella estão presos há cerca de 11 meses em presídios de Tremembé, a 147 km de São Paulo.

Outro lado

A procuradora de Justiça Sandra Jardim, foi a segunda pessoa a ser ouvida pelos desembargadores. Ela rebateu as críticas da defesa do casal Nardoni. ?A prova [que a polícia usou para incriminar o casal] é exuberante e não há motivo para análise de mérito nesse momento.?

Previsão de julgamento

Com a pronúncia mantida, o Ministério Público tem uma previsão: acredita que o pai e a madrasta de Isabella sejam julgados no início do segundo semestre ou, no máximo, até o começo do ano que vem. Se condenados, a pena deve passar dos 12 anos de prisão.

"Estou convicto do que aleguei até o momento. A ideia continua a mesma, de levá-los a julgamento, objetivando uma decisão compatível com o interesse social. Acredito que eles serão condenados por unanimidade", disse o promotor Francisco Cembranelli em entrevista ao Fantástico.

Palavras-chave: Nardoni

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1 Comentários

Jailton Rodrigues Empresário25/03/2009 8:40 Responder

A defesa do casal Nardoni, tenta inutilmente protelar o inevitável, com certeza o casal irá a juri popular, o que ao meu ver será melhor para o casal, visto que no juri popular o que realmente vale e a persuasão da defesa com relação aos jurados, se o casal for julgado fora deste rito com certeza já está pré condenado devido a repercursão social do acontecido.

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