Defesa havia protocolado pedido no começo da tarde desta segunda. Policial José Luiz Barreto está detido em prisão militar em Brasília.

A Justiça de Brasília concedeu liberdade provisória no final da tarde desta segunda-feira (8) ao sargento da Polícia Militar José Luiz Carvalho Barreto, suspeito de ter atirado contra um torcedor são-paulino na tarde de domingo (7), no Gama (DF).

Pouco antes da partida, Nilton César de Jesus, 26 anos, foi atingido na nuca por um disparo que teria saído da arma do policial. Ele está internado em estado grave no Hospital de Base de Brasília.

A liberdade ao sargento foi assinada pela juíza Geilsa Fátima Cavalcanti Diniz, que atendeu a pedido protocolado pela advogada da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do DF (Aspol) Alessandra Camarano, que defende o sargento. A advogada argumentou na ação que não são preenchidos os requisitos para que se confirme a prisão do sargento.

No pedido, ela solicitou que o policial aguardasse o processo em liberdade, sob os argumentos de que ele ?possui residência fixa, tem profissão, um passado limpo e não representa perigo à sociedade.? Segundo Alessandra Camarano, o cliente deve deixar a prisão militar de Brasília, onde está detido desde domingo à noite, por volta de meia-noite desta segunda.

Indícios de crime

O corregedor da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Francisco Maia, afirmou ao G1 nesta segunda que não tem dúvidas de que o disparo saiu da arma de Barreto. ?Há fortes indícios de que o sargento cometeu crime?, disse.

Segundo ele, após a análise das imagens que registraram o momento do disparo, a Corregedoria da corporação autuou o policial suspeito em flagrante pelo crime de lesão corporal grave. ?A imagem diz tudo, não tem como negar. Mostra o momento em que ele bate nas costas do rapaz. Não há dúvida da tentativa de agressão, mas demonstra também que o tiro foi acidental?, disse o corregedor da PM.

Em nota divulgada à imprensa, a PM confirma a identidade do sargento e reitera que ele tem 20 anos de serviço prestado à PM. ?A corporação considera o fato lamentável e ressalta que tem trabalhado para que erros como esse não venham a ocorrer. Integrantes da PMDF realizarão estudo de caso que subsidiará treinamentos futuros?, destaca trecho da nota.