Justiça aceita denúncia da Promotoria contra padrasto e mãe de Joaquim
Guilherme é suspeito de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, e Natália, por omissão
A Justiça de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) acatou a denúncia do Ministério Público contra o técnico em informática Guilherme Raymo Longo, 28, e a psicóloga Natália Mingoni Ponte, 29, padrasto e mãe do menino Joaquim Ponte Marques, 3, morto em novembro de 2013.
Longo é suspeito de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, e Natália, por omissão. A decisão é do juiz substituto André Quintela Alves Rodrigues. O promotor Marcus Tulio Alves Nicolino espera que os réus sejam levados à júri popular.
O padrasto continua preso preventivamente na penitenciária José Augusto César Salgado, a P-2, em Tremembé (147 km de São Paulo). Natália, que também estava presa na unidade feminina de Tremembé, deixou a prisão na sexta-feira (10) por decisão de uma liminar concedida em habeas corpus.
Após cinco dias da família ter comunicado o seu desaparecimento à polícia, o corpo de Joaquim foi encontrado no rio Pardo, em Barretos (423 km de São Paulo).
Segundo a denúncia, Longo matou o menino com alta dosagem de insulina, dentro da casa em que a família morava, e depois jogou o corpo no córrego Tanquinho.
Para o promotor, Natália, que estava dormindo no momento do crime, foi omissa porque sabia dos riscos que havia em morar com Longo. Em depoimentos à polícia, ela afirmou que o marido era agressivo e que tinha ciúmes de Joaquim por ele ser filho de outro relacionamento. Natália disse ainda acreditar que o marido havia matado seu filho.
Os advogados de Longo e Natália não foram encontrados para comentar o caso.