Depois de mais de 16 horas de sessão, o tribunal do júri condenou J.M.G. e S.J.G. por tentativa de homicídio contra policiais federais no município de Tabatinga (a 1.108 quilômetros a oeste de Manaus). Os dois réus, juntamente com J.M.S., foram condenados ainda pelos crimes de porte ilegal de arma de uso permitido e porte ilegal de arma de uso restrito. O júri condenou J.M.G. também pelo crime de quadrilha.

Os três estavam envolvidos em um tiroteio com policiais federais ocorrido no dia 3 de agosto na praia da Limeira, no município de Tabatinga. J.M.G. e J.M.S. tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça Federal, durante as investigações da morte do policial peruano E.M., que atuava na fronteira com o Brasil, investigando uma quadrilha de traficantes de drogas.

Durante a busca pelos suspeitos, para cumprir os mandados de prisão, a Polícia Federal recebeu uma denúncia anônima de que eles estariam naquela praia. Ao se aproximarem da orla, a bordo de um barco, os policiais foram recebidos a tiros de fuzil e pistola.

Pelos crimes, J.M.G. foi condenado a pena de 15 anos de reclusão, a ser cumprida em regime fechado; Moçambite teve a pena fixada em seis anos de reclusão, a ser cumprida em regime aberto; e S.J.G. foi condenado a pena de 12 anos e nove meses de reclusão, a ser cumprida em regime fechado. Do resultado do julgamento, ainda cabe recurso.

A sessão de julgamento foi conduzida pelo juiz substituto da 2ª Vara Federal Criminal,  Márcio André Lopes Cavalcante. O procurador da República Edmilson da Costa Barreiros Júnior representou o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) na sessão.

Morte de policial peruano – J.M.G., Moçambite e L.S.S. foram condenados por júri popular em dezembro do ano passado pelo assassinato do policial peruano E.M., ocorrido em abril de 2008 em Tabatinga, e por formação de quadrilha. J.M.S. e L.S.S. foram também condenados pelo assassinato do comerciante M.C.M., que estava conversando com o policial no momento em que ele foi atingido por tiros.

Também foi acusado do homicídio do policial peruano e do crime de quadrilha o narcotraficante J.A.M., o 'Javier', que teve o processo desmembrado, tramitando separadamente na Justiça Federal, sem data ainda para ir a julgamento.