A juíza da 2ª Vara Criminal, Zilmene Gomide da Silva Manzolli, decidiu, na última sexta-feira (12), mandar a júri popular o jardineiro Alanderson Brito de Abreu, conhecido como Negão, acusado de matar por asfixia Laura Pablini de Souza Ferraz, de 15 anos, e Jaquelini Botelho dos Santos Gonçalves, 17 anos, e depois atear fogo nos corpos.

De acordo com a juíza, as provas do crime de homicídio qualificado, em específico o Laudo de Exame Médico, não deixa dúvidas de que as vítimas foram estranguladas e queimadas, tendo o réu utilizado de fogo para matá-las, ?meio esse considerado cruel?. A magistrada ainda destaca como qualificadoras ?um motivo flagrantemente desproporcional ao resultado produzido, sendo a razão da eliminação insignificante? e a impossibilidade de defesa das vítimas.

Em 26 de janeiro, durante audiência, o jardineiro confessou ter matado as duas garotas em um sobrado abandonado próximo ao Parque Vaca Brava em maio de 2009. No interrogatório, Negão afirmou que o fato aconteceu porque Jaqueline o furou com uma faca. No entanto, segundo o irmão de Luara, de 17 anos, o acusado queria matar Jaqueline por causa de uma dívida relacionada ao tráfico de drogas. O garoto negou, ainda, que sua irmã fosse usuária de entorpecentes.

Alanderson foi condenado pelo 1º Tribunal do Júri de Goiânia a 17 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da cabeleireira Aldenora Rodrigues Borges.