Juiz nega transferir Cachoeira de presídio de segurança máxima

Cachoeira pedia a transferência do presídio de segurança de Mossoró, RN. Ele deverá esperar o julgamento em que será analisado o pedido de liberdade

Fonte: Jornal do Brasil

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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) negou pedido da defesa de Cachoeira para que ele fosse transferido do presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A decisão, do juiz da 11ª Vara Federal de Goiânia Paulo Augusto Moreira Lima, foi publicada na sexta-feira.


"Mantenho a transferência do preso Carlos Augusto de Almeida Ramos para presídio federal de segurança máxima, pelo prazo de 360 dias", decidiu o juiz.


Um dia antes, o ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), havia negado habeas-corpus impetrado pela defesa de Cachoeira. Com isso, ele terá de aguardar o julgamento do mérito do habeas-corpus pela Quinta Turma, quando será analisado o pedido de liberdade.


Senador e Cachoeira


Em 6 de março de 2012, o senador D.T. (GO) subiu à tribuna para dar explicações sobre as denúncias de sua proximidade com o bicheiro C.A.A.R., o Cachoeira, descoberta pela operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que terminou em fevereiro, com a prisão de Cachoeira e de outras 34 pessoas. D.T. disse que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido critérios legais. Dez dias depois, o jornal Folha de S.Paulo publicava um relatório do Ministério Público Federal (MPF) que indicava que o grupo comandado por Cachoeira entregou telefones antigrampos para políticos, entre eles D.T., que admitiu ter recebido o aparelho.


O jornal O Globo noticiou, em 23 de março, gravações da PF que flagraram D.T. pedindo para Cachoeira lhe pagar R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo e vazando informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes. Em 27 de março, D.T. pediu afastamento da liderança do DEM no Senado para "acompanhar a evolução dos fatos". No dia seguinte, o Psol entrou com representação contra o parlamentar no Conselho de Ética do Senado e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandovski autorizou a quebra do sigilo bancário de D.T., solicitando ainda um levantamento sobre as emendas e os projetos relatados por ele para saber se Cachoeira, acusado de controlar a máfia dos caça-níqueis e de corromper policiais e políticos em Goiás, foi beneficiado.


Nas gravações, D.T. também aparece acertando um suposto lobby pela legalização dos jogos de azar no Congresso em 2009. Em outra conversa, Cachoeira pede ajuda no processo de um delegado e três policiais de Anápolis (GO) acusados de tortura e extorsão. Os dois ainda conversaram sobre um "negócio" milionário na Infraero. Na ocasião, Demóstenes teria se valido da relatoria da CPI do Apagão Aéreo para levantar informações e sondar contratos de informática na estatal.

Palavras-chave: Habeas corpus; Política; Transferência; Julgamento; Presídio; Segurança máxima

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