Juiz leva soco após dar voz de prisão em audiência de conciliação

Agressão ocorreu em Praia Grande/SP. Magistrado chegou a ficar desacordado.

Fonte: TJSP

Comentários: (2)




Um juiz de Praia Grande, litoral de São Paulo, levou um soco na boca e chegou a ficar desacordado durante uma audiência de conciliação no Fórum da cidade na última sexta-feira, 15. O agressor, uma das partes de audiência de conciliação, xingou o magistrado e acabou recebendo voz de prisão, momento em que atacou o juiz.


O caso ocorreu no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc). O agressor participava de uma audiência de conciliação acompanhado do pai, que é advogado e o representava na conciliação.


Segundo o registro policial, em dado momento, a responsável pelo Cejusc entendeu que o advogado da parte estava atrapalhando a conciliação, e acionou o juiz João Luciano Sales do Nascimento, do Juizado Especial Cível e Criminal de Praia Grande. Após chegar à sala e tomar conhecimento do caso, o juiz foi ofendido pelo homem. O magistrado o questionou, perguntando o que ele havia dito, e a resposta foi: "Isso mesmo". O juiz, então, deu voz de prisão. Nesse momento, o agressor partiu para cima do magistrado, desferindo um soco na boca. O juiz chegou a ficar desacordado.


O agressor foi levado para a delegacia, onde prestou depoimento, e acabou sendo liberado em seguida. O juiz passou por exame de corpo de delito no IML da cidade.


Nota de repúdio


Por meio de nota, a APAMAGIS - Associação Paulista de Magistrados afirma repudiar as agressões sofridas pelo magistrado que, no exercício legal da profissão, foi covardemente atacado.


"Por si só, qualquer tipo de agressão deve ser repudiada pela sociedade brasileira, especialmente quando a vítima em questão esmerava-se para garantir a paz e a harmonia entre as partes envolvidas, cumprindo, assim, a árdua missão do juiz de garantir a ordem social."


A nota segue dizendo que “os magistrados paulistas trabalham incessantemente em favor dos jurisdicionados, diariamente envidando esforços na solução de conflitos, por meio do diálogo e harmonia. É por isso que a Apamagis se solidariza com o juiz, destacando que irá acompanhar o desfecho do caso, tomando as medidas cabíveis se necessário, para que outros magistrados, servidores ou partes não passem pela mesma situação”.


Por fim, a associação “reitera a extrema preocupação com o episódio e condena quaisquer ações de violência física ou moral que possam atentar contra magistrados no exercício de suas funções”.

Palavras-chave: Agressão Magistrado Audiência de Conciliação Voz de Prisão Cejusc APAMAGIS

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/juiz-leva-soco-apos-dar-voz-de-prisao-em-audiencia-de-conciliacao

2 Comentários

Leopoldo Luz advogado18/12/2017 20:28 Responder

Pois é! Conciliação induzida em audiência obrigatória não é fácil de aguentar. Espero melhoras para todos e que o espírito natalino os ilumine.

André Luiz Rosa Vianna advogado19/12/2017 23:38 Responder

Pois é, nada justifica a violência, mas há que se apurar as circunstâncias do caso para ver a que ponto foi levado esse agressor a assim agir, haja vista, que em muitas audiências de conciliação, o cliente é submetido a uma verdadeira audiência de COAÇÃO por conciliadores e magistrados, que tentam ENFIAR GOELA ABAIXO UM ACORDO QUE A PARTE NÃO QUER DE JEITO NENHUM ... já fui chamado de "ARROGANTE" por uma Magistrada porque percebi que meu cliente estava para assinar uma "coação" passada no papel e estava espumando de raiva porque não queria aquilo, mas estava sendo induzido com ameaças de julgamento contrário caso não assinasse. Quando DEI UM BASTA e disse que meu cliente NÃO QUERIA O ACORDO E QUE NÃO IRIA ASSINAR, fui chamado de "arrogante" e tratado com desdém pela dita cuja. Não é fácil de aguentar não ...

Conheça os produtos da Jurid