Juiz determina que STF decida sobre abertura de provas da Lava Jato

Após pedido da CPI da Petrobras, magistrado da Justiça Federal afirmou que Zavascki deve dar parecer sobre abertura da investigação

Fonte: STF

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O compartilhamento das provas obtidas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, com a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras vai depender de decisão do ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ao receber pedido da comissão, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, decidiu nesta segunda-feira (2) que as provas não podem ser liberadas à comissão, porque toda a investigação foi remetida ao Supremo.


“Em princípio, a solicitação de compartilhamento afigura-se pertinente e oportuna. Entretanto, por força de decisão do eminente ministro Teori Zavascki, foram avocados por aquela Egrégia Corte todos os processos pertinentes. Assim, antes que haja eventual revisão daquela decisão, com a devolução dos processos, este juízo está impossibilitado de atender à solicitação”, decidiu o juiz.


O presidente da CPI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), também pediu diretamente ao STF o compartilhamento das provas das oito ações penais resultantes das investigações. Entre as ações, está a investigação de supostos desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O processo envolve o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.


De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), os desvios na construção da refinaria pernambucana ocorreram por meio de contratos superfaturados, feitos com empresas que prestaram serviços à Petrobras entre 2009 e 2014. Segundo o MPF, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões, mas custou mais de R$ 20 bilhões. A investigação aponta que os desvios tiveram a participação de Costa, então diretor de Abastecimento, e de Youssef, dono de empresas de fachada.


Na defesa prévia apresentada à Justiça Federal no Paraná, os advogados do ex-diretor informaram que os pagamentos recebidos das empresas do doleiro, identificados como repasses ou comissões, foram decorrentes de serviços de consultoria. No entanto, de acordo com o juiz Sérgio Moro, a Polícia Federal e o Ministério Público não encontraram provas de que os serviços foram prestados. Moro era responsável pela condução do processo, mas a investigação foi suspensa e remetida ao Supremo por determinação do ministro Zavascki.

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