Inflação pelo IGP-DI, que reajusta telefonia, ficou abaixo do esperado em 2004

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou para 0,52% no mês de dezembro, informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas. A taxa é 0,30 ponto percentual (p.p.) inferior à de novembro, quando o IGP-DI apurou alta de 0,82%.

Fonte: Globo Online

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RIO - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou para 0,52% no mês de dezembro, informou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas. A taxa é 0,30 ponto percentual (p.p.) inferior à de novembro, quando o IGP-DI apurou alta de 0,82%. Com a desaceleração do índice, a alta de dezembro é a segunda menor do ano, maior apenas que a de setembro, de 0,48%. Em 2004, o IGP-DI acumulou variação de 12,14%, 4,47 p.p. acima da taxa registrada em 2003, de 7,67%.

O IGP-DI é usado para corrigir tarifas de telefonia e o endividamento de estados com a União. A taxa ficou abaixo da estimativa do mercado. Segundo pesquisa do Banco Central com cerca de cem instituições financeiras, a mediana das expectativas estava em alta de 12,39% para o ano.

Os choques de preços da siderurgia e do petróleo causaram uma aceleração da inflação em 2004. Esses choques afetaram principalmente os produtos do atacado, que tem peso de 60% taxa geral. O Índice de Preços no Atacado (IPA) passou de 6,26% em 2003 para 14,67% em 2004. As maiores altas ocorreram no grupo de ferro, aço e derivados (57,66%) e no grupo de resinas plásticas (a variação 49,83%). O coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, diz, no entanto, que esta alta de preços nos dois setores já mostra arrefecimento.

As tarifas e os combustíveis foram os vilões da inflação para o consumidor em 2004. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) ficou em 6,27%, abaixo do registrado em 2003 (8,93%). O item que mais pesou no bolso do consumidor foi a tarifa de telefonia fixa, cuja alta foi de 13,5%. Além do reajuste contratual de 2004, o consumidor teve que pagar uma diferença relativa ao reajuste de 2003, por determinação do Superior Tribunal de Justiça.

A segunda maior pressão foi exercida pela gasolina, que subiu 14,10% nas bombas. Além das altas recordes dos preços do petróleo no mercado internacional, que fizeram a Petrobras reajustar seus preços, os usineiros fizeram vários aumentos ao longo do ano passado no preço do álcool que compõe 25 % da mistura da gasolina vendida nos postos. O álcool para o consumidor chegou a subir 26,59% em 2004. Na lista dos preços que apertaram o orçamento das famílias estão a energia elétrica, com alta de 8,46%, os planos de saúde (10,38%) e os cigarros (16, 17%).

De acordo com o economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas, o grupo dos alimentos foi o que mais segurou a inflação ao consumidor em 2004. Este grupo subiu 5,76% no ano passado, enquanto o grupo transportes apresentou a maior taxa de inflação, de 8,68%.

Entre os produtos que tiveram queda de preço no ano passado, os destaques foram o arroz branco (-19,09%), arroz parboilizado (-17,68%), o aparelho de telefone celular (-14,22%), o óleo de soja ( -8,75%) e a laranja pêra (-8,53%).

De novembro para dezembro, o IPC registrou uma aceleração, passando de 0,37% para 0,63%. O aumento deveu-se, principalmente, aos reajustes nos preços da gasolina, do álcool e ao fim da queda de preços dos alimentos.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também apresentou desaceleração, tendo a taxa baixado de 0,71% para 0,51%.

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