Grupo armado não deve fazer greve, defende presidente do Supremo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, condenou ontem (3) a greve de trabalhadores que representam o poder armado, como a Polícia Civil, e também de trabalhadores que representam o poder de soberania, como juízes e promotores.

Fonte: Agência Brasil

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, condenou ontem (3) a greve de trabalhadores que representam o poder armado, como a Polícia Civil, e também de trabalhadores que representam o poder de soberania, como juízes e promotores.

?Nós temos que avançar um pouco no que concerne à greve no serviço público em geral, principalmente em serviços públicos essenciais, e talvez pensar em novas formas de protesto?, disse o ministro, que participou na tarde de hoje do seminário Democracia e Estado de Direito: o Judiciário em Foco, no Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

Segundo Gilmar Mendes, a greve de trabalhadores que representam o poder armado deve ser discutida no Congresso Nacional e também pelo Judiciário. ?Certamente o Judiciário terá que oportunamente se pronunciar sobre isso e enquanto não houver lei, saber se, de fato, é legítima a greve de um poder armado. E não estamos falando apenas de polícia?, afirmou.

?Estou convencido de que um poder ou um grupo armado não pode fazer greve nessa condição. Teria que depor as armas?, defendeu o ministro.

Os policiais civis do estado de São Paulo que estão em greve há mais de 40 dias dizem que a paralisação é legal e garantida por uma liminar expedida pela Justiça do Trabalho e confirmada pelo STF.

No dia 16 de outubro, uma manifestação de policiais civis que pretendiam ir em passeata até ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, terminou em confronto com policiais militares, ferindo mais de 30 pessoas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, uma dessas pessoas teria sido atingida na perna por um tiro de pistola.

Em comunicado em seu site, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) informa que a greve continua ?com força total? e que amanhã (4) está prevista a realização de uma nova audiência pública na Assembléia Legislativa para discutir com os deputados estaduais a aprovação de emendas apresentadas pela Polícia Civil a um projeto encaminhado pelo governo sobre reajuste salarial.

Palavras-chave: greve

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