O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, visitou hoje (06) o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Francisco Fausto, acompanhado do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijó, do assessor jurídico do Sindicato, Davi Furtado Meirelles, e dos advogados Cláudio Santos e Éryka Denegri, de sindicatos ligados à CUT do Distrito Federal.

Marinho agendou a visita com a finalidade de parabenizar Fausto pelos resultados de sua gestão, ?que teve o mérito de resgatar o papel do TST nas relações de trabalho no País?. Além de tomar a frente em campanhas como as movidas pela erradicação do trabalho escravo e do trabalho infantil, Marinho ressaltou medidas concretas adotadas pelo Tribunal que marcaram, na sua avaliação, ?uma guinada nas relações trabalhistas e nas negociações entre patrões e empregados?. Entre elas está a mudança implantada por Francisco Fausto na concessão de efeitos suspensivos e a ampla revisão da jurisprudência realizada pelo Tribunal no segundo semestre do ano passado.

Os efeitos suspensivos são medidas determinadas pelo presidente do Tribunal em caráter provisório sobre decisões de Tribunais Regionais em dissídios coletivos, e vigoram até que o TST julgue o mérito do recurso contra tais decisões. Anteriormente, a maior parte das decisões regionais ? especialmente as relativas à concessão de reajustes salariais ? eram suspensas pelo TST.

Numa longa conversa com os sindicalistas, Fausto lembrou suas origens como juiz no sertão pernambucano e disse que, quando presidia audiências de conciliação de dissídios coletivos no TRT de Pernambuco já chamava a CUT para sentar à mesa de negociação. ?As centrais não tinham, como ainda não têm, assento nas negociações, mas os sindicatos eram ligados a elas e sempre as ouviam antes de decidir sobre uma proposta. Por isso, já os convidava a participar?, contou Fausto. ?Essa convivência significou muito para mim, e as campanhas honestas da CUT pelos direitos dos trabalhadores foram fonte de inspiração na minha carreira.? Sob essa inspiração, Francisco Fausto foi o primeiro presidente do TST a participar de um congresso nacional da CUT ? em junho do ano passado. ?Foi o primeiro também a ser convidado?, registrou Marinho.