Fim do "juridiquês"

Fonte: TJMS

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6 Comentários

julio cesar de castro oliveira advogado01/09/2005 10:28 Responder

A medida é elogiável, todavia, há que se atentar para o texto excessivamente simplista, que só beneficiará os pouco letrados; ademais, que dizer dos médicos, de quem não se consegue sequer entender as palavras do receituário? E os economistas? E os engenheiros? Toda profissão possui linguagem técnica própria, que não pode e nem deve ser desnaturada, devendo-se, obviamente, evitar o preciosismo e a prolixidade.

Antonio Petrucci advogado01/09/2005 12:40 Responder

Concordo plenamente com o colega Julio César. É certo que o excesso de preciosismo deve ser condenado. Mas há certas expressões latinas consagradíssimas para os operadores do Direito, que seu uso deveria até ser "obrigatório". Ademais, nesse diapasão, teríamos que abolir o "mediquês", o "economês", etc., nivelando tudo por baixo, lançando o país numa "alfabetização zero". O que significa, p. exemplo "aneurisma da aorta"? Não, leitor, não há nenhuma minhoca na horta. No entanto, os médicos continuam a usar olimpicamente esse e outros termos herméticos para o leigo em Medicina. E, ao contrário dos operadores do Direito, se alguém se aventura a perguntar ao médico o que seja aquilo, a cara de espanto é a de um semi-deus descendo à Terra. O Direito, como qualquer outra ciência, requer uma bem dosada linguagem técnia.

Felipe Leite Barros Advogado01/09/2005 13:25 Responder

Algumas pessoas gostam de ser entendidas, outras apenas satisfazem seu ego ao escrever de forma incompreensível. Penso que escrever de forma clara, simples e objetiva é demonstrar respeito pelo leitor e desapego ao linguajar das famílias mais abastadas, em claro de sinal de proximidade e compreensão das angústias dos menos favorecidos, financeira ou culturalmente.

Jeferson Saldanha advogado01/09/2005 19:41 Responder

Nós operadores do direito temos que ter em mente que a expressão, seja ela falada ou escrita, é o nosso meio de vida e de desempenho de nossa profissão, a forma seja ela culta ou informal, há de ser em qualquer delas, compreensível e clara, rebaixa-se ao simplismo também é um risco, e se apegar aos jargãos metafóricos, os quais na verdade são usados por uma minoria, como forma de ruminar conhecimentos dejetáveis de uma inteligncia ínfima mesmo que jurídica, écomo rotular os operadores dodireito como meros prolixos. Uma sentença ou petição bem fundamentada, uma discussão jurídica feita por interlocutores sendo feita em bom portugues já seria uma benécie, frente ao portugues que aprendemos nos bancos escolares, haja vista o portugués/inglés que somos bombardeados em cada esquina, propaganda, letreiro de publicidade, e por aí vai. Aos que criticam, que o façam de maneira inteligente, aos que defendem, que aprendam a pelo menos se fazerem entender em bom português.

gladson magalhaes de matos estudante de direito01/09/2005 21:02 Responder

não aprovo o fim do juridiques, pois existe toda uma linguagem culta e especifica nos tribunais, em uma exordial escrever em latim é um exagero, mais fazer a mesma exordial com palavras formais se faz necessario ou ao contrario daqui a dez anos, veremos no inicio da exordial quale namo da I vara civil de ...... a linguagem formal se faz necessario senão vai virar bagunça, agora entendo que somente os bons profissionais que ficaram no mercado

FRANCELINO CARLOS DE SOUZA POLICIAL CIVIL02/09/2005 18:51 Responder

O "juridiquês" só existe por falta de criaticidade dos juristas brasileiros. No direito penal, que é minha área de atuação, os juristas brasileiros vivem copiando as teorias alemãs, alguns, se quer, a traduzem, repetindo o texto em alemão. Acho que está na hora de criarmos e adotarmos teorias próprias para o direito brasileiro. Nós em nada nos assemelhamos ao povo alemão. Logo é "mister" que passemos a adotar o direito brasileiro para solucionar os nossos problemas, com todas as características e as peculiaridades de um povo que está faminto por J U S T I Ç A.

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