Filho pega 12 anos pela morte do pai

Após 15 horas de julgamento, o agropecuarista Carlos Renato Gonçalves Guimarães, o Tato, de 37 anos, foi condenado a 12 anos de prisão como mandante do assassinato do próprio pai, o fazendeiro e empresário José Carlos Guimarães.

Fonte: MPMT

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Após 15 horas de julgamento, o agropecuarista Carlos Renato Gonçalves Guimarães, o ?Tato?, de 37 anos, foi condenado a 12 anos de prisão como mandante do assassinato do próprio pai, o fazendeiro e empresário José Carlos Guimarães. O crime ocorreu no dia 29 de janeiro do ano passado, em Várzea Grande. No julgamento, que terminou ontem de madrugada, Carlos Renato foi sentenciado por sete votos a zero. O Tribunal do Júri foi presidido pela juíza Maria Erothides Kneipp Baranjac.

O réu está preso na Cadeia Pública de Várzea Grande e deverá aguardar apelação desta forma. Praticamente Carlos Renato foi inocentado, pois deverá ficar preso apenas por mais dois anos. Descontado o tempo em que já está atrás das grades, será liberado em breve.

A defesa do acusado, realizada pelo advogado Waldir Caldas, tentou atenuar a pena do réu, ou conseguir uma absolvição do crime, enfatizando que, durante toda a vida, Tato foi humilhado pelo pai, que o tratava como um ?peão?.

?O réu sofreu um histórico de humilhações, desprezo e indiferença durante toda a sua existência, o que o motivou a cometer o crime?, falou Caldas. O defensor apontou que o réu foi preso após o assassinato, mas obteve liberdade provisória que, depois, foi cassada e, então, permaneceu foragido. ?Tato se apresentou há cerca de 60 dias?. O fazendeiro foi morto com um tiro à queima roupa quando saia do escritório de um advogado.

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o acusado por homicídio duplamente qualificado, pelo fato da execução ter sido encomendada e pelo método ter dificultado a defesa da vítima. ?A defesa está matando a vítima duas vezes. Ele morreu uma vez em janeiro e estão tentando matá-lo aqui novamente dizendo esses fatos (de suposto desprezo ao filho)?, argumentou o promotor criminal José Ricardo Costa Matoso.

Segundo familiares, Carlos Renato gerenciava duas propriedades rurais do pai em Nova Maringá, as fazendas Fartura e Bom Sucesso. A denúncia apontou que ele desviou 200 cabeças de gado e toras de madeira das propriedades rurais sem o aval de José Guimarães. Em novembro de 2007, a funcionária Rita Furtado descobriu a ação de Tato e o denunciou ao patrão.

O fato teria motivado a encomenda da morte do fazendeiro. Para administrar a fazenda, Tato recebia do pai o salário de R$ 1,4 mil mensais e um acréscimo de R$ 500 em caso de necessidade. As testemunhas que depuseram afirmaram que o fazendeiro tratava mal o filho, tese sustentada pela defesa do réu para amenizar a barbaridade do crime.

Pelo assassinato, já foram condenados Willian Silva (10 anos), Jonathan Souza (10 anos), Alex Sandro Moreira (8 anos) e Wedson Rodrigues Feitosa (10 anos).

Palavras-chave: morte

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