O presidente do Tribunal Superior do Trabalho afirmou hoje (29), em entrevista ao Jornal da CBN, que um dos principais objetivos do Fórum Internacional sobre Direitos Humanos e Direitos Sociais, que começa daqui a pouco na sede do TST, é discutir o trabalho escravo e cobrar do governo federal mais clareza no programa de erradicação deste tipo de mão-de-obra. ?Teremos aqui especialistas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) encarregados exatamente desta matéria no mundo todo. Vamos ouvi-los, vamos sugerir propostas, a fim de tornar mais claro o programa do governo federal de erradicação do trabalho escravo no País?, afirmou Fausto ao jornalista Heródoto Barbeiro.

O presidente do TST reafirmou que a maneira mais eficiente de combate ao trabalho escravo virá com a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que prevê a expropriação de terras de fazendeiros escravistas. Francisco Fausto lembrou que a imposição de penas mais rigorosas aos exploradores de mão-de-obra escrava é a melhor maneira de acabar com a impunidade. Ele referiu-se à substituição das condenações em cestas básicas, impostas pelos juízes federais, à indenização por dano moral coletivo, recentemente aplicada pelos juízes trabalhistas. "O empregador que explorava o trabalho escravo pagava as cestas básicas e continua fazendo o que sempre fez", afirmou.