Equipe médica é responsável por mais uma morte durante transplante de medula óssea, agora no 9 de Julho

Esse novo caso aconteceu no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, e com a mesma equipe médica condenada civilmente pela morte do menino Pedro Assis Cândido, em abril de 2017, no Hospital Sírio Libanês.

Fonte: Leonardo Pantaleão

Comentários: (0)



Reprodução: Pixabay.com

Criança diagnosticada com osteopetrose, doença rara que deixava a imunidade completamente zerada impedindo o organismo de combater bactérias e fungos, internada para fazer transplante de medula óssea, veio a óbito.


Esse novo caso aconteceu no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, e com a mesma equipe médica condenada civilmente pela morte do menino Pedro Assis Cândido, em abril de 2017, no Hospital Sírio Libanês.


Gabriel Assis Mendonça Marques, nascido em março de 2022, após meses de investigação, teve o diagnóstico de osteopetrose, mas, com uma mutação que seria o primeiro caso no mundo. Ele esteve internado na cidade de Três Corações, Minas Gerais, e com o agravamento da doença, foi transferido para o Hospital Materdei, em Belo Horizonte, que tratou a sua transferência com o 9 de Julho, por ser referência em transplante de medula, para tentar uma cura para a doença, no início de maio deste ano.


O advogado criminalista Leonardo Pantaleão, que acompanha a família de Gabriel, explica que, mesmo o Hospital 9 de Julho recebendo, durante os 15 dias que antecederam a transferência, todos os relatórios médicos e informações sobre a condição imunossuprimida da criança, ao chegar no Hospital, a equipe médica a recepcionou no pronto atendimento, ao lado de outras crianças, com outras doenças, onde ele contraiu bronquiolite.


Pela condição e as informações que a equipe tinha da criança, ela deveria ter ido para o isolamento ou uma UTI. “É uma das coisas mais graves que todos os médicos de Belo Horizonte disseram. Se ele foi com vaga cedida, tinha que ter ido para pediatria, não para o pronto-socorro. Ele pegou bronquiolite no pronto-socorro, assim que ele chegou, no primeiro dia, e depois outras duas vezes”, diz o pai.


Após o transplante, Gabriel começou a passar mal e começou a ser tratado com aplicação de morfina. Mas seu estado se agravou e ele foi levado para a UTI, onde foi entubado. Segundo os pais, mais uma vez ele havia contraído bronquiolite, só que pós-transplante.


“Isso alarmou médicos que foram procurar se havia algum caso de criança com bronquiolite pós-transplante. Mas não existe, isso não existe na história da medicina. Como, num hospital que é referência em transplante de medula, a criança pega bronquiolite na UTI ou no transplante, que é mais grave ainda”, questiona a mãe.


O advogado destaca ainda que as condições de higiene da UTI infantil eram precárias, com mofo e baratas no ambiente. Pantaleão explica que tanto os médicos que cuidaram da criança em Belo Horizonte, quanto os pais, entendem que a entrada dele pelo pronto-socorro fez com que ele contraísse a bronquiolite.


Gabriel, infelizmente, não resistiu à nova infecção e faleceu em maio, com apenas 1 ano e 2 meses.


*Leonardo Pantaleão, especialista em Direito e Processo Penal, mestre em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP.


Sobre a M2 Comunicação Jurídica - A M2 Comunicação Jurídica é uma agência especializada nos segmentos econômico e do Direito. Contamos com diversas fontes que atuam em âmbito nacional e internacional, com ampla vivência nos mais diversos assuntos que afetam a economia, sociedade e as relações empresariais

Palavras-chave: Equipe Médica Responsabilidade Morte CirurgiaTransplante de Medula Óssea

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/equipe-medica-e-responsavel-por-mais-uma-morte-durante-transplante-de-medula-ossea-agora-no-9-de-julho

0 Comentários

Conheça os produtos da Jurid