Desembargador do TJTO é aposentado compulsoriamente por venda de sentenças

Magistrado tocantinense recebeu vantagem financeira em troca de decisões proferidas em cinco processos que ele julgou

Fonte: CNJ

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O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) condenou, nesta quinta-feira (27/6), o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins (TJTO) Carlos Luiz de Souza à pena de aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais. Segundo o relatório do conselheiro José Guilherme Vasi Werner, acompanhado por unanimidade, o magistrado tocantinense recebeu vantagem financeira em troca de decisões proferidas em cinco processos que ele julgou.


O voto do relator considerou parcialmente procedentes os indícios de irregularidades contidos no Processo Administrativo Disciplinar (PAD 0003715-60.2.00.0000). Um deles é o julgamento de uma disputa pela direção do Instituto de Ensino Superior de Porto Nacional S.A. (IESPEN) em que, segundo inquérito da Polícia Federal, o magistrado teria recebido R$ 50 mil por uma decisão favorável em 2007.


Em uma filmagem da PF, um advogado aparece levando uma mala preta à casa do desembargador. Em busca à casa e ao escritório do mesmo advogado, os agentes da PF encontraram dois arquivos chamados “VotoIESPEN.doc” e “VotoIESPENdefinitivo.doc” que contém praticamente o mesmo texto da sentença dada pelo desembargador. Segundo os investigadores, das 146 linhas escritas no arquivo, 131 linhas foram usadas no voto do requerido (desembargador).


“Estou convencido de que há provas suficientes que demonstram que o requerido percebeu vantagem indevida ou pelo menos a solicitou”, afirmou Werner.


Os outros quatro casos em que o conselheiro Werner encontrou conduta irregular do magistrado se referem ao de pagamento de precatórios. Baseando-se em provas obtidas pela Polícia Federal, Werner concluiu que o desembargador Carlos Luiz de Souza proferiu sentenças que alteraram a ordem do pagamento das dívidas estatais em favor de pessoas que o remuneraram pelas decisões.

Palavras-chave: Desembargador Aposentado Venda Sentença CNJ

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3 Comentários

José Roberto funcionário público29/06/2013 7:40 Responder

É assim no Brasil, desembargador vende sentenças e ainda assim é aposentado...Meu Deus que Justiça INJUSTA...

Dr. Aloisio Jose de Oliveira Advogado29/06/2013 12:05 Responder

A impunidade grassa no Judiciário. Aposentadoria compulsória é prêmio não punição. Algo tem que ser feito nesses casos, sob pena de elitização social da classe dos Magistrados, Desembargadores, Ministros, considerados juristas profissionais. O cidadão brasileiro tem que arcar com medidas punitivas inerentes ao seu ato lesivo, não pode somente o corrupto político ser punido com crime hediondo se no Judiciário esses crimes são apenados com aposentadoria compulsória. Tem que ter passeata para isso também, pela aprovação de PEC contra a impunidade no Judiciário ?

Antonio Carlos policial aposentado01/07/2013 12:29 Responder

Aposentado!!!, mas continuará ter influência nos tribunais e vendendo sentença com ajuda dos demais parceiros do instituto \\\"CRime Organizado\\\" no judiciário.

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