Em audiência realizada nesta segunda-feira (30), o lanterneiro Gilberto Rosa Ferreira se retratou e afirmou que Ronaldo Martins Dias, o Peru, não foi o homem que atirou nele e na filha, em agosto de 2003. Na época do crime, a vítima chegou a reconhecer o acusado e confirmar que Peru era o responsável pelos tiros. O processo tramita na na 1ª Vara Criminal de Goiânia, com o juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

De acordo com o Ministério Público (MP), Ronaldo teria atirado no lanterneiro Gilberto Rosa Ferreira e em sua filha, Lorrainy dos Santos Ferreira, de 12 anos, quando os dois andavam de carro no Bairro Goiá. O tiro atingiu o pescoço e o braço de Gilberto, além do joelho da criança. Ao prestar depoimento à polícia, o pai chegou a reconhecer o acusado, preso em flagrante, como autor dos disparos. Entretanto, em agosto deste ano, apresentou declaração à Justiça negando a acusação.

Na nova versão, o lanterneiro afirma que soube por terceiros que um bandido do região, conhecido como Dedé, havia sido responsável pelos tiros, e não Peru. ?Dedé tentou contra a minha vida por me confundir com meu irmão, com quem teve uma rixa?, reforçou. A partir desse fato, a defesa e o MP devem apresentar novas alegações. Em seguida, o juiz decide se Gilberto, que atualmente cumpre pena por tráfico de drogas, irá ou não a júri popular.