Defesa de médica suspeita de matar pacientes pede habeas corpus
Polícia suspeita que a médica tenha antecipado a morte de pacientes; Ela nega as acusações
A defesa da médica V.H.S.S., 56, suspeita de provocar a morte de pacientes, entrou ontem com pedido de habeas corpus para que ela seja libertada. Ela é chefe da UTI do Hospital Universitário Evangélico e está presa em caráter preventivo desde o dia 19.
A polícia suspeita que a médica tenha antecipado a morte de pacientes. Virgínia nega as acusações.
O advogado dela, E.M.A., disse à Folha nesta semana que os laudos das vítimas apontam, até aqui, que as condições dos corpos condizem com as causas indicadas no atestado de óbito, e não comprovariam, portanto, uso de anestésicos ou outros medicamentos para antecipar a morte.
Outras quatro pessoas de sua equipe estão presas. Entre eles, estão três anestesistas e uma enfermeira. Eles tiveram a prisão temporária (por 30 dias) decretada pela Justiça na semana passada.
A polícia disse ontem que não infiltrou agente na UTI, a despeito de ter conseguido autorização judicial. Em nota, disse que a medida "se tornou inviável do ponto de vista operacional".