Conduta de magistrado da Justiça Federal será investigada

Magistrado é acusado de morosidade excessiva na condução de processos, tumulto processual, emissão de opiniões a respeito de processos sob seu julgamento, ausência de urbanidade no trato com promotores

Fonte: CNJ

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Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instaurou, nesta terça-feira (8/10), processo administrativo disciplinar contra o juiz João Bosco Costa Soares, da 2ª Vara Federal do Amapá, para apurar suspeitas de que o magistrado tenha mantido conduta incompatível com os deveres do cargo.


O Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado do Amapá e a Advocacia Geral da União o acusam de morosidade excessiva na condução de processos, tumulto processual, emissão de opiniões a respeito de processos sob seu julgamento, ausência de urbanidade no trato com promotores, procuradores da República e advogados da União, reiteradas atitudes de cunho político e adoção de medidas que desvirtuam o objeto das ações, como realização de inspeções e audiências públicas.


A pedido da Corregedoria Nacional de Justiça, as denúncias chegaram a ser investigadas, em 2012, pela Corregedoria Regional da Justiça Federal da 1ª Região. Na época, o corregedor local determinou, em decisão monocrática, o acompanhamento da atuação do magistrado pelo prazo de seis meses e a suspensão dos procedimentos em curso no tribunal durante este período.

 
A Corregedoria Nacional de Justiça deu prosseguimento então ao pedido de providências, que reunia quatro outros procedimentos com acusações semelhantes contra o magistrado. Ao apresentar seu voto, o corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, considerou haver indícios suficientes de que as condutas do magistrado “causam tumulto processual, passando ao largo da serenidade e temperança necessárias ao desenvolvimento eficaz do processo”.


“Cada uma das condutas imputadas ao Representado, isoladamente, pode soar como ato heroico ante a ineficiência paquidérmica da Administração Pública brasileira. Peças que, ao serem juntadas, formam mosaico com imagem nítida dos excessos frequentemente cometidos pelo Representado, desbordando largamente das fronteiras delimitadoras do poder e dos deveres típicos da magistratura”, afirma o ministro em seu voto.

Palavras-chave: magistrado investigação conduta imprópria justiça federal

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4 Comentários

Wander advogado09/10/2013 17:47 Responder

É isso ocorre em todo o Brasil, infelizmente é recorrente na Justiça Federal, incluindo a do trabalho. Qual seria a explicação para que Magistrados Federias tenham um maior número (bem maior) de ocorrências deste tipo? e não adianta reclamar ou protestar, aqueles que assim agem, costumam ter algemas no bolso. Mesmo norte, o Min. Francisco Falcão tem toda razão (com perdão do trocadilho), ele iriam deixar prescrever, sem dúvidas.

Wander advogado09/10/2013 17:48 Responder

\\\"eles\\\"

FRANCISCO CHUCHA SOUZA SABOIA INDUSTRIAL VITIMA DE UM BANCO INRESPONSAVEL09/10/2013 21:02 Responder

CUIDADO POIS PESSOAS DESTE TIPO VIVEM EM UM MUNDO (DOS SIMIDEUS )

Marcia Cota advogada10/10/2013 14:28 Responder

Não vai acontecer nada. Juiz federal tem certeza que é deus e que busca a tutela jurisdicional é vítima.

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