Após 13 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Porto Alegre condenou Gislaine Orrigo Souza Mendes a 19 anos e um mês de reclusão pelo homicídio de Aridemar Souza Mendes. Ela o matou com golpes de martelo e depois esquartejou o corpo. O crime aconteceu em 21/12/04, no bairro Partenon, onde Gislaine deixou o tronco do morto. Os membros foram levados para a Lomba do Pinheiro e escondidos.

Os jurados afastaram a tese da defesa, de semi-imputabilidade, mas reconheceram atenuante pela confissão da ocultação do cadáver. A pena corresponde à soma de 17 anos pelo homicídio qualificado e dois anos e um mês pela ocultação.

Ré primária, ela permanecerá em liberdade até o trânsito em julgado da decisão.

Este foi o terceiro Júri a que se submeteu Gislaine. No primeiro, realizado em maio de 2006, foi condenada. No segundo, em abril de 2007, foi absolvida. Com o recurso do Ministério Público ao Tribunal, foi reconhecido que a decisão do Júri foi "contrária a prova dos autos" e a ré foi mandada a novo julgamento, realizado nesta quarta-feira, 17/9.

A sessão teve início às 9h e se encerrou em torno das 22h.