CNJ pede responsabilização pelo desperdício de recursos federais para presídios

Montante de recursos devolvidos ao órgão por falta de uso soma R$ 103,384 milhões

Fonte: CNJ

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pediu ao Ministério Público a responsabilização das autoridades ligadas ao desperdício de recursos federais destinados à construção ou reforma de unidades prisionais em 11 estados. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Depen/MJ), 39 contratos foram cancelados ou encerrados desde 2011. O montante de recursos devolvidos ao órgão por falta de uso soma R$ 103,384 milhões.


O pedido foi enviado em ofícios aos procuradores-gerais de Justiça dos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Também receberam comunicação os representantes do Ministério Público Federal nesses estados.


O envio dos ofícios obedece à decisão aprovada pelo Plenário do CNJ no último dia 14, durante a 169ª Sessão do Conselho. De acordo com o acórdão do julgamento do Pedido de Providências 0000461-45.2013.2.00.0000, também foram informados da situação o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, e o próprio ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

 
O conselheiro Jorge Hélio Chaves de Oliveira apresentou voto-vista ao relator original do processo, o ex-conselheiro Tourinho Neto, em que pede a responsabilização das autoridades de 11 governos estaduais que deixaram de usar os recursos federais em presídios, apesar de o CNJ ter verificado superlotação nos sistemas prisionais dessas unidades da Federação. 

 
“Diante de um cenário tão calamitoso, é incompreensível que tais estados tenham simplesmente abdicado dos recursos federais para melhoria das condições de vida em seus presídios. Penso que, para efetivar a política proposta pelo Depen, é preciso provocar as autoridades para apurar as responsabilidades administrativas e penais pelo desperdício”, afirmou o conselheiro.

 
Durante o julgamento do processo, o presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, mostrou-se espantado com os valores. “Cento e três milhões de reais seguramente resolveriam os problemas de dois ou três estados. Deixariam (o sistema prisional deles) em condições civilizadas, pelo menos. Essa é a informação que obtive na viagem ao Rio Grande do Norte”, disse o ministro, que conheceu parte do sistema prisional potiguar em abril.

 
Simplificação

Palavras-chave: CNj Responsabilização Desperdício Recursos Federais Presídios

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1 Comentários

katia merendeira25/05/2013 10:30 Responder

com certeza 103 milhões melhoraria e muito.aqui em Sergipe em uma visita a semana que passou da Oab viu várias reivindicações ,comida estragada que fazem os presos passarem mal ,principalmente em areia branca semiaberto,super lotação,e o pior um policial disparar tiro dentro do presídio,em cela que o preso estava de castigo \\\"tranca\\\",como pode isso existir? se já esta lá dentro pagando pelo que fez ,e sem defesa nenhuma receber um tiro na cela? no presídio Copecam em são cristovão, um absurdo,esse policial deveria ser exonerado............

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