Caso Dorothy: réu que atirou na missionária desistiu do novo julgamento

Ao se manfiestar o promotor de justiça Edson Souza ratificou o direito do réu de desistir do novo júri.

Fonte: TJPA

Comentários: (2)




Com o plenário do Fórum Criminal de Belém lotado de estudantes de direito, jornalistas, familiares da vítima e representantes dos movimentos sociais, a advogada de Rayfran das Neves Sales, Marilda Cantal anunciou o pedido do réu, desistindo do quarto júri que aconteceria nesta quinta-feira. A sessão de julgamento chegou a ser aberta pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, presidente do 2º Tribunal do Júri de Belém, onde tramita o processo referente ao assassinato da missionária Dorothy Stang, assassinada com seis tiros na localidade de Anapu, Sul do Pará, com a verificação das testemunhas presentes, sendo quatro da acusação e outras duas da defesa.

Ao se manfiestar o promotor de justiça Edson Souza ratificou o direito do réu de desistir do novo júri. O representante do Ministério Público Estadual (MPE), explicou que o protesto pelo novo júri, atualmente extinto, feito à época, "era um recurso exclusivo da defesa que agora desiste, validando a sentença condenatória proferida dia 10.12.2005, pelo então juiz e hoje desembargador Cláudio Montalvão das Neves". A pena fixada nesse júri foi de 27 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. Na tribuna de acusação, além do promotor de justiça atuaria também os assistentes de acusação, os advogados Aton Fon Filho e José Affonso Batista, este último da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Affonso Batista declarou à imprensa que a acusação estava preparada para sustentar a tese acusatória de que o homicídio foi praticado mediante promessa de recompensa e com recurso que dificultou a defesa da vítima (homicídio duplamente qualificado). Mas, disse ter se surpreendido com a desistência. O advogado comentou que foi melhor para o réu manter a condenação de 2005, uma vez que este já cumpriu um sexto da pena e tem direito a sair do regime fechado para o semi aberto. Ele disse ainda que se o réu fosse julgado agora teria que cumprir dois terços da pena, para obter o benefício da progressão do regime.

Marilda Cantal informou que a desistência foi de comum acordo com o réu, e que o MPE apresentou provas novas, que precisaria de mais tempo para estudar. Ela disse, ainda, que Rayfran das Neves Sales já cumpriu um sexto da pena de 27 anos, por estar preso desde 2005, época do crime, já com direito de progredir do regime fechado para o semi aberto, conforme Lei de execução Penal (LEP).

O juiz deferiu o pedido, ?mantendo, in totum, o primeiro julgamento a que o réu Rayfran das Neves Sales foi submetido, realizado nos dias 09 e 10/12/2005, que o condenou à pena de 27 anos de reclusão por homicidio duplamente qualificado, insculpído no artigo 121, § 2º, incisos i e iv do CPB?. O presidente da sessão determinou que o processo em relação ao réu seja encaminhada à vara de Execuções Penais, e cópia ata ao ministro do Superior Tribunal de Justiça, Arnaldo Esteves, em razão de recurso de habeas corpus referente ao julgamento passado, ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado e à corregedora de justiça da Região Metropolitana de Belém.

Informações do processo dão conta que o crime aconteceu por volta das 7h30, do dia 12 de fevereiro de 2005, sábado, em Anapú jurisdição da Comarca de Pacajá. Conforme a denúncia oferecida pelo Ministério Público, a missionária seguia para uma reunião com colonos para tratar de questões referentes ao Programa de Desenvolvimento Sustentável (PDS). No caminho, encontrou Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista (ou Eduardo). O primeiro confessou ter efetuado os disparos e o segundo presenciou tudo.

Consta na denúncia sustentada pela acusação que, Clodoaldo teria iniciado uma conversa com a missionária, para despistá-la e Rayfran poder atirar. Ao se despedir dos dois e mostrando a Bíblia que costumada ter nas mãos teria recebido o primeiro tiro. Com a vítima caída ao solo, o atirador deflagrou mais cinco tiros, descarregando toda a munição do revólver.

No processo constam várias versões apresentadas à Justiça por Rayfran das Neves. A última delas é a de que numa houve a promessa de recompensa. Em outro depoimento os dois executores afirmaram que receberiam R$ 50 mil pela morte de Dorothy. E que esse dinheiro seria repassado por Vitalmiro Moura (o Bida). Numa das versões sustentadas pelos executores, a arma usada pertenceria a Amair Feijoli (intermediador do crime que condeando a 18 anos de prisão) e em outra seria de Vitalmiro Moura (fazendeiro acusado de mandante do crime ), que repassou à Feijoli para entregar aos atiradores.

Palavras-chave: Dorothy

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/caso-dorothy-reu-que-atirou-na-missionaria-desistiu-novo-julgamento

2 Comentários

IgfpHDYGkWvHXYsK ZAVxPCzwjz16/12/2009 16:04 Responder

RGn102 tsudjzlewrzl, [url=http://prpzuctghojq.com/]prpzuctghojq[/url], [link=http://crcjhksinfhs.com/]crcjhksinfhs[/link], http://aeralahqzeix.com/

16/12/2009 16:04 Responder

Conheça os produtos da Jurid