Cachoeira negociou sistema para fraudar licitações por pregão eletrônico

Segundo informações, o dispositivo foi classificado de infalível pelo grupo do empresário, em conversas gravadas pela PF

Fonte: Jornal do Brasil

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Escutas telefônicas da Operação Monte Carlo, feitas pela Polícia Federal, revelam que Carlinhos Cachoeira negociava um software para burlar licitações feitas por pregão eletrônico. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o dispositivo foi classificado de infalível pelo grupo do empresário, em conversas gravadas pela PF.


Em escuta de março de 2011, Cachoeira trata da aquisição do software com o ex-diretor da empreiteira Delta no Centro-Oeste Claudio Abreu. Ele afirma que o grupo ganharia "tudo quanto é licitação" com o dispositivo, que, diz Cachoeira, funcionaria por meio de uma maleta.


O Tribunal de Contas da União e o Ministério do Planejamento descobriram que o programa identificava os lances dos oponentes e, de maneira quase imediata, dava lances um pouco menores, facilitando a vitória.


Nos grampos, Cachoeira e Abreu citam uma empresa chamada Régula como a fornecedora da maleta, que seria fabricada em Belarus. O represente da Régula no país, Alexandre Marinho, afirmou que foi procurado por pessoas citadas por Cachoeira no grampo. Eles queriam ser representantes de um equipamento vendido pela empresa. Marinho negou, entretanto, que seja a maleta. Segundo ele, a empresa vende equipamentos de prevenção de fraudes em veículos.


O advogado de Carlinhos Cachoeira, Nabor Bulhões, afirmou que desconhece o uso da maleta e do software pelo seu cliente. "Nos autos sobre os quais me debrucei não existe nenhuma referência a isso, direta ou indiretamente".

Palavras-chave: Fraude; Licitação; Pregão eletrônico; Software; Sistema; Operação monte carlo

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