Brasil é considerado um dos piores países para se aposentar

Reformas na Previdência que deveriam auxiliar, pioram ainda mais as perspectivas para o futuro

Fonte: Isabela Marques

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Reprodução: Pixabay.com

O Brasil ocupa a penúltima colocação no ranking que classifica os melhores países para se aposentar com qualidade. O estudo foi realizado pela Natixix Investment Managers, em setembro de 2022 e já apontava um panorama preocupante no país. Para 2023, as projeções são ainda mais inquietantes, considerando as novas regras de aposentadoria, principalmente para o público feminino. 

No próximo ano, para as mulheres, passará a valer um acréscimo de 6 meses na idade mínima para solicitar o direito ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), passando de 61 anos e 6 meses para 62 anos de idade.  É preciso se atentar, também, ao tempo de contribuição de 15 anos, caso a idade mínima seja atingida e o tempo de contribuição ainda não, o valor recebido será menor que o esperado.

Isabela Marques, advogada previdenciarista do escritório Pires Queiroz e Martins advogados Associados, complementa com outra alteração que chama atenção dos aposentados, “No caso das antigas aposentadorias por invalidez, o benefício possuía alíquota de 100%, atualmente, chamadas de aposentadoria por incapacidade permanente, passaram a ser calculadas com a alíquota de 60% sobre a média de contribuições para 15 anos de trabalho para mulheres e 20 anos para os homens. Tendo aumento de somente  2% a cada ano que ultrapassar essas idades". 

Vale um destaque para uma das principais mudanças da Reforma, onde o que antes era calculado sobre a média dos 80% maiores salários do segurado, em 2023, será sobre a média de 100% de contribuição. Isso significa, que até os salários pequenos, que antes eram descartados, entrarão na conta do valor do benefício a ser recebido, diminuindo assim, a média final a ser recebida.

“As mudanças na regra, somam os juros altos, que apenas reduzem o poder de compra do brasileiro aposentado e encarece tudo ao seu redor. Forçando a muitos aposentados a continuarem na ativa para completar a renda ou criar formas de complementação”, comenta a especialista.

Tais mudanças nas regras de aposentadoria, atreladas a instabilidade no mercado de trabalho, causam aos trabalhadores mais experientes, receio de não conseguirem manter seu padrão de vida e precisarem se manter no mercado ou retornar a ele.

Diante das atuais alterações nas regras da Reforma, as desvantagens do Brasil sobre os melhores países para se aposentar só aumentam e tornam ainda maior a lacuna de ações a serem feitas para dar mais dignidade ao brasileiro aposentado.

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