Azeredo apresenta ao STF defesa em processo do mensalão tucano

Ex-deputado é acusado de desviar recursos para campanha de 1998

Fonte: Agência Brasil

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O ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) protocolou nesta quinta-feira (27) no Supremo Tribunal Federal (STF) sua defesa final no processo do mensalão tucano, em que é acusado pelo Ministério Público dos crimes de peculato (crime praticado por funcionário público contra a administração) e lavagem de dinheiro.


As alegações finais apresentadas pelo advogado Gerardo Grossi, que representa Azeredo, estão no gabinete do relator da ação penal, ministro Luís Roberto Barroso. O teor da defesa não foi divulgado pela assessoria do ministro nem pela defesa do ex-deputado.


Azeredo é réu na ação penal por ter, supostamente, desviado recursos públicos para sua campanha à reeleição para governador de Minas Gerais , em 1998. A Procuradoria Geral da República recomendou ao Supremo que o ex-parlamentar tucano seja condenado a 22 anos de prisão.


Na semana passada, Azeredo renunciou ao cargo de deputado federal. Como o STF só pode julgar agentes públicos quem têm foro privilegiado, a Corte deverá decidir se analisa o caso ou se envia o processo para a primeira instância, na Justiça Federal de Minas Gerais, onde já respondem outros acusados de participação no mensalão tucano.


Barroso informou que submeterá ao plenário da Suprema Corte a decisão de manter ou não o processo no tribunal. Como Azeredo renunciou ao mandato quando a ação penal estava próxima de ser julgada, o STF deverá analisar se a decisão de deixar o cargo de deputado foi  uma “manobra” da defesa para tentar postergar o julgamento.


Passo a passo do processo


Caso a ação permaneça no Supremo, Barroso irá formular um relatório, que terá de ser encaminhado ao revisor da ação, ministro Celso de Mello. Somente após o revisor liberar o processo é que Azeredo poderá ser julgado.


No entanto, se a ação penal for enviada para a primeira instância, o Ministério Público Federal em Minas terá de formular novo parecer sobre o caso. Ao final dessa etapa, vai ser aberto, mais uma vez, prazo para a defesa do réu se manifestar.


Na hipótese de condenação, Azeredo ainda teria a possibilidade de recorrer ao Tribunal Regional Federal (TRF), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo.

Palavras-chave: mensalão mineiro direito penal

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