Assessor dos dólares na cueca será julgado por sonegação

Fonte: Espaço Vital

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O juiz da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal - especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de valores - Mário Rached Millani, determinou ontem a redistribuição do caso do ex-assessor parlamentar José Adalberto Vieira da Silva, que foi preso em flagrante, na sexta-feira, no Aeroporto de Congonhas, e permanece sob a custódia da Polícia Federal em São Paulo.

A polícia tinha indiciado o ex-assessor por atentar contra o sistema financeiro e a ordem tributária, uma vez que não explicou a origem dos reais e dos dólares que levava quando foi preso, nem provou que tinha recolhido impostos.

Mas, segundo o juiz, não existem elementos suficientes para caracterizar o atentado ao sistema financeiro. Assim, Vieira da Silva deve ser julgado por violar leis tributárias, ou sonegar impostos.

Essa foi a tese defendida pelo criminalista Alexandre Simigallia Pinto, quando pediu o relaxamento do flagrante e a liberdade provisória de Vieira da Silva, na noite de sexta-feira. O juiz federal de plantão pediu então ao advogado que apresentasse certidões negativas de antecedentes criminais de seu cliente em São Paulo, Fortaleza e Brasília.

O processo foi redistribuído à 10ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, cuja titular é a juíza Paula Mantovani Avelino. Ela deve receber hoje as certidões negativas que o advogado pediu nas três capitais e pode resolver nas próximas horas se Vieira da Silva permanece preso ou não, enquanto a polícia dá seguimento às investigações.

A imprensa já apurou ter sido judicialmente deferido o rastreamento dos telefonemas feitos pelo ex-assessor, que teria desembarcado em São Paulo na quinta-feira. Querem saber com quem ele conversou e com quem se encontrou. A agenda localizada entre os pertences de Vieira da Silva, onde estão anotados os nomes de 14 parlamentares, é outra fonte para as investigações.

Na sexta-feira, ao ser preso em Congonhas, o ex-assessor do deputado estadual José Nobre Guimarães, irmão do ex-presidente do PT, José Genoino, teve o cuidado de apagar todas as listas de telefonemas que havia feito ou recebido pelo celular. Mas é possível recuperar todos os eles junta à prestadora de serviços, mediante a autorização judicial.

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