As operações da PF provocam atrito entre Poderes

A avaliação das operações realizadas pela Polícia Federal provocou atrito entre dois Poderes entre terça e quarta-feira.

Fonte: Veja Online

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A avaliação das operações realizadas pela Polícia Federal provocou atrito entre dois Poderes entre terça e quarta-feira. Primeiro, Gilmar Mendes, o presidente do Supremo Tribunal Federal, criticou possíveis abusos das ações, defendendo que o governo aprovasse um projeto para punir autoridades que praticassem vazamento das informações obtidas em investigações sigilosas. Depois, o ministro da Justiça, Tarso Genro, respondeu, desafiando Mendes a apontar algum abuso cometido pela PF.

Mendes, que foi injustamente citado durante a Operação Navalha -- um dos suspeitos era homônimo seu --, afirma temer a criação de um estado autoritário, com abusos e desvios cometidos pelas autoridades encarregadas das investigações. De acordo com números contabilizados pela própria PF, a corporação já prendeu 845 pessoas neste ano, incluindo parentes de três governadores. Ele é a favor de uma revisão dos critérios adotados na autorização das prisões preventivas pedidas pela PF.

Tarso respondeu na quarta, desafiando o presidente da instância máxima do Judiciário brasileiro a apontar algum caso recente de abuso cometido pela PF. O ministro falou ainda em manter inalterados os procedimentos da PF. Um dia antes, ele já havia reagido às críticas de Mendes -- que lamentara os vazamentos de informações surgidas nas operações sigilosas. "Quanto à Polícia Federal, ele pode ficar absolutamente tranqüilo. Lá não tem vazamento", disse o ministro, respondendo a Mendes.

Palavras-chave: poderes

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3 Comentários

Ricardo Func. Público (Bacharel e operador do Direito)04/07/2008 9:56 Responder

Hoje tenho certeza que este pais esta mudando! Antigamente não haviam prisões de políticos (Entende-se todos os cargos de instância superior desse pais!) corruptos, agora que estão prendendo mais do que nunca começam a reclamar! Senhores ministros do STF, "quem não deve não teme"! Estão reclamando pq? Por acaso a PF esta mexendo em alguma ferida que nunca ousaram mexer nesse pais? Agora que estão prendendo "peixe grande" vc´s reclamam da conduta? hahaha... É isso mesmo Policia Federal, continuem mexendo onde há falcatruas, onde se escondem atrás de ternos (Executivo e legislativo!) e togas (Judiciário!). Nunca se prendeu tanto na história desse pais , nunca houve uma Polícia Federal com tantas investigações como hoje em dia! Uma das poucas instituições honradas, de trabalho sério e honesto! (Antigamente "tinha" esse pensamento do STF/STJ... Mudei de idéia!) Deixem a polícia trabalhar!

Parima Dias Veras Júnior Advogado07/07/2008 13:16 Responder

Concordo com o Ministro do Supremo sim, pois estamos caminhando para um estado policial. Há suspeitas de que haviam grampos telefônicos nos gabinetes dos ministros, o que é assustador, pois se nem tais autoridades estão a salvo de tais arbitrariedades, imagine-se um cidadão comum. Não sou contra as investigações da PF, mas a favor que se investigue tudo, sem, contudo, que se cometam abusos. Só gostaria de deixar claro também, que demonstra muita inocência acreditar que dentre todas as ações da PF, não houveram algumas com vazamento de informações, com cometimento de abusos, e pior, algumas ações com caráter essencialmente político. Quanto ao colega que acreditava no STJ e no STF, tenha sempre em mente que nenhuma instituição ou organização é imaculada, e da mesma forma é a PF. Só há essa aura de pureza em torno da PF por faltar quem investigue a PF, assim que inventarem esse fiscal do fiscal, tal instituição perderá essa honradez e seriedade quase místicas.

Parima Dias Veras Júnior Advogado07/07/2008 13:30 Responder

Por último: quem não deve, deve temer sim; qualquer pessoa que lida com o direito, sabe que injustiças ocorrem, podem ser deliberadas ou em decorrência da falibilidade humana, de qualquer forma, se levantarem alguma acusação contra você, não se confie apenas na sua falta de culpa, procure se defender o melhor possível, caso contrário, é melhor se acostumar com a idéia de suportar uma pena indevida.

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