Alves critica STF e diz que reforma política é assunto do Legislativo

Decisão do Supremo sobre financiamento público de campanhas não interrompe tramitação da proposta

Fonte: Agência Brasil

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Nesta terça-feira (17), Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, criticou a iniciativa do STF (Supremo Tribunal Federal) de julgar a constitucionalidade de doações de empresas privadas a candidatos e a partidos políticos. "O STF vai ter que entender que reforma política, na sua integralidade, é prerrogativa única do Poder Legislativo, com todo respeito ao Poder Judiciário", disse Alves.


Segundo o deputado, se o tribunal quiser tomar alguma decisão, poderá fazer, mas a Câmara dará continuidade à tramitação da proposta de reforma política. "Se houver necessidade de votação de PECs [propostas de Emenda à Constituição] e de outras decisões, nós as tomaremos, na certeza de que estamos cumprindo rigorosamente a norma constitucional. Esta é uma prerrogativa do Poder Legislativo e esta Casa não abre mão", reiterou.


Alves disse que a meta é votar a proposta ainda no primeiro semestre do ano que vem. O texto que tramita em uma comissão especial não trata do financiamento público de campanhas e da proibição das doações de pessoas físicas, tema que está em análise no STF. "Vamos votar em abril, está na comissão especial. É um tema muito complexo, que envolve futuro e destino de vários partidos e parlamentares", disse Alves.


Na última quarta-feira (11), o plenário do Supremo iniciou o julgamento da Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) proposta pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) contra as doações de empresas privadas a candidatos e a partidos políticos. A OAB contesta artigos da Lei dos Partidos Políticos e da Lei das Eleições que autorizam a doação de recursos de pessoas físicas e jurídicas para campanhas de partidos e candidatos. De acordo com a regra atual, as empresas podem doar até 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior ao da eleição. As pessoas físicas podem doar quantias limitadas a 10% do rendimento bruto do ano anterior.


O ministro Luiz Fux, relator do processo, votou contra a doação com o argumento de que as únicas fontes legais de recursos dos partidos devem ser doações de pessoas físicas e repasses do Fundo Partidário. O voto de Fux foi seguido pelos ministros Joaquim Barbosa, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso.

Palavras-chave: direito constitucional poder legislativo

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1 Comentários

Daniel Regis advogado18/12/2013 20:50 Responder

Diante do que estamos vendo em discussão na arena das Instituições Publicas deste País, mormente no que tange a competência de cada Poder, entendo por bem para sanear os desentendimentos entre O STF, Executivo e Legislativo, que voltemos aos Bancos das Falidas Universidades Brasileira, para recomeçar nossos estudos sobre o que efetivamente compete ao Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e ao PT \\\"diga-se Executivo\\\".

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