O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - Núcleo Sorocaba, em conjunto com a Delegacia de Entorpecentes de Sorocaba e de agentes do Centro de Detenção Provisória de Sorocaba, prendeu no início da noite dessa quarta-feira (10), por corrupção passiva, o agente de segurança penitenciário Ricardo de Moraes, diretor de disciplina do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba.

O agente de segurança vinha sendo monitorado há seis meses por meio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Nesse período, ficou comprovado que Moraes facilitava a entrada de aparelhos celulares na unidade prisional, bem como exigia dinheiro de parentes de presos para que estes pudessem ser transferidos de ala no interior do centro de detenção.

Os promotores do Gaeco apuraram que Ricardo de Moraes cobrava R$ 1.500,00 para entregar celulares aos presos e R$ 300,00 para as transferências internas de detentos. Nessa quarta-feira, ele solicitou R$ 1.800,00 a um parente de um dos presos, para levar um celular e transferir o preso internamente, marcando encontro com a pessoa num hipermercado de Sorocaba.

A vítima conseguiu reunir R$ 600,00, dinheiro que foi entregue ao agente penitenciário. Moraes, que era acompanhado à distância, foi preso em flagrante assim que recebeu o dinheiro. Ele foi recolhido ao Presídio de Tremembé, em São Paulo, onde permanece à disposição da Justiça.

No interior do CDP onde Moraes trabalhava foram encontrados 10 aparelhos celulares, chips, bateria e carregador de bateria. A conduta de Ricardo de Morares possibilitava que presos ligados a uma facção criminosa mantivessem contatos com seus cúmplices em liberdade, planejando novas ações criminosas e promovendo o tráfico de drogas.