Advogados do pai de Isabella estão há mais de três horas na delegacia.

Defensores acreditam que duas das 22 testemunhas indicadas pela defesa serão ouvidas. Segundo eles, pai e madrasta de Isabella estão sendo pré-julgados.

Fonte: G1

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Defensores acreditam que duas das 22 testemunhas indicadas pela defesa serão ouvidas. Segundo eles, pai e madrasta de Isabella estão sendo pré-julgados.

Os advogados Rogério Neres e Ricardo Martins, defensores do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, permanecem desde as 10h15 desta quarta-feira (16) no 9º Distrito Policial, no Carandiru, na Zona Norte de São Paulo.

Na chegada, eles não informaram o que iriam fazer na delegacia, mas manifestaram sua opinião sobre o andamento das investigações. ?As acusações são precipitadas. Está havendo um pré-julgamento. É preciso aguardar os laudos?, afirmou Ricardo Martins.

O delegado Calixto Calil Filho e a delegada assistente, Renata Pontes, chegaram ao distrito por volta das 11h, sem falar com a imprensa.

A expectativa é que duas das 22 testemunhas indicadas pela defesa sejam ouvidas na delegacia nesta quarta. Até o final desta manhã, 53 testemunhas haviam prestado depoimento sobre o caso desde o início das investigações, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.

Contribuição

O defensor Rogério Neres não identificou quem seriam as testemunhas que podem ser ouvidas ainda nesta quarta. Disse apenas que elas de ?alguma maneira têm uma contribuição para apuração dos fatos, têm uma vinculação com casal?.

O advogado disse ainda, sem dar detalhes, que a lista é composta por vizinhos do casal e prestadores de serviço. Também afirmou que os depoimentos não devem enfocar possíveis bons antecedentes de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.

Rogério Neres evitou comentar boatos quanto a um suposto indiciamento do casal. Entretanto, disse que a possibilidade seria ?precipitada?, uma vez que os laudos do Instituto Médico-Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) ainda não foram concluídos.

O defensor também não revelou se pretende entrar no Tribunal de Justiça com habeas corpus preventivo em caso de a polícia pedir a prisão preventiva do casal nos próximos dias. "Nossa estratégia, por enquanto, não será revelada."

Visita

O casal foi na manhã desta quarta-feira a Guarulhos, na Grande São Paulo, visitar seus dois filhos. As crianças estão na casa dos pais de Anna Carolina Jatobá.

Palavras-chave: Isabella

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5 Comentários

Constâncio Pinheiro Sampaio advogado17/04/2008 11:16 Responder

Qualifico de repugnante, de enojador, não só a aparência insensível de ambos os assassinos da criança Isabella, como também as desculpas esfarrapadas que pretendem que a sociedade engula garganta abaixo.... Lamento profundamente que colegas se prestem a defender com tanta disposição aqueles que praticaram tão horrendo e desprezível crime....Que Deus não permita que eles venham a passar por tamanha dor como a que deve ter sofrido a criança Isabella......MONSTROS...MONSTROS...desejo profundamente que uma vez condenados, a justiça seja feita dentro das celas....e por aqueles que certamente não teram a complacência dos familiares e advogados.

Rosana advogada17/04/2008 12:39 Responder

Não concordo com o caro colega que disse sentir nojo do pai e da madrasta de Isabelle. Primeiro, como advogado, deveria saber que a Justiça tem o dever de condenar quando existem fatos concretos, ous eja provas. O que até o exato momento só existem probabilidades. Quanto ao fato de desejar que a justiça seja feita na cela, fiquei indignada, pois não concordo com tal pensamento. O nobre amigo no exercício da advocacia, jamais poderia desejar isso para qualquer ser humano. Deve lembrar que o mesmo provavelmene tem família, e sendo assim, estamos sujeitos as intemperes da vida. Como ser humano, por mais triste de ver a vida de uma criança como Isabelle retirada de maneira bruta, não posso fazer um julgamento do pai e da madastra antes de qualquer confissão ou prova contundente. Não advogo na área criminal, por motivos particulares. Mas como mulher, mãe, advogada, acredito que devemos ter respeito ao próximo e não fazer qualquer pré-julgamento. Não existe crime perfeito, e desejar que os mesmo paguem dentro de uma cela, é estar se igualando a(s) assassino(s), que podem ser realmente o pai e a madrastra, como qualquer outra pessoa que more no edifício ou que estava no edifício. E como não há certeza de que foram eles, como condenar?

FERNANDA ANTUNES advogada17/04/2008 13:24 Responder

Aos advogados e a toda sociedade que vê, indignada ao o caso Isabella ,...calma. Sou mãe, separada e percebo coisas que pela minha situação quase não se tem comentado. A relação complicada entre pais , mães e filhos quando vivem numa situação de separação onde se obriga a mãe a deixar seu filho passar um final de semana com o pai de 15 em 15 dias. Acredito e luto por isso que pai que vê a filha de 15 em 15 dias não é pai. Cumpre uma ordem que vem do judiciário e cumpre um dever para ficar bem diante da sociedade. Um pai que paga, no caso o avó pagava, um pensão de R$280,00 a filha que a vê de 15 em 15 dias,... perceberam o nível da esciola em que a criança estudava??? Tenho certeza que só a mensalidade devesse ser pelo menos umas 3 vezes o valor da pensão. Acrescente-se a isso a convivência com a madrasta que vê na menina a figura viva da mãe e ex companheira do pai. Acrescenta-se a isso uma jovem, já com dois filhos, sem perspectiva de futura profissional - no momento - enfim uma estrutura toda errada. Um pai de 29 anos que ainda vive as custas do pai entre tantas outras coisa. Mas não acredito e não acredito mesmo que o que tenha acontecida tenha sido planejado. Acredito em uma explosão de sentimento negativo, no meio de uma briga, acredito em um movimento não pensado que ocasionou a falta de ar na criança que veio a desmaiar e que fez com que o pai acreditasse que ela estivesse norta. A partir dai atos impensados e cruéis. O fato de ter jogado a criança pela janela nos faz acreditar em uma completa falta de condições de avaliar a situação. Enfim. Acredito que são os culpados, Acredito em uma ação culposa até antes de jogarem a criança pela janela e acredito que todos, eu disse todos tem direito e devem ter, a uma defesa. Os advogados estão atuando da maneira como deve ser. Se tomaram uma linha de defesa correta ou não vai de cada profissional. Quem julga e aplica a pena é o Estado através do Judiciário através do procedimento conhecido por todos. qu

Sérgio Advogado17/04/2008 18:30 Responder

Concordo plenamente com a Dra. Rosana, do RN. Importante ter em mente que o direito não pode ser instrumento de vingança, como querem os outros dois colegas. Importante apurar os fatos com isenção de ânimos e aplicar o rigor da lei. Se não for assim, seremos todos nivelados por baixo, e a sociedade se tornará um caos, onde ninguém respeita ninguém.

fernanda antunes advogada09/05/2008 10:43 Responder

Minha versão do caso Isabelle e alguns pontos interessantes: As mães tanto de Alexandre quanto de Anna não aperecem, não dão entrevistas, não saem desesperadamente em busca de provar, nem que seja com lágrimas e trsiteza, que eles são inocentes. Apenas sefecharam e se calaram. As vezes a falta de defesa contra um ataque injusto não significa desprezo diante da acusação mas sim falta de se ter o que falar. E o silêncio causa exatamente o inverso do que se prtende. A covardia é o que aparece. E a falta de argumento. E a dúvida e a dificuldade de escolher entre proteger um filho e lutar pela justiça. Entre o sentimento de que ão se tem mais o que fazer e o sentimento de quem perdeu uma neta. O que se dá e tem mais valor, se é que se pode mensurar; se é que se deva mensurar : o filho ou a neta??? Lutar prá que e por quem. Na dúvida é melhor se calar. Não sei onde e como aconteceu mas tenha a impressão de que o pai foi mais culpado pelo que aconteceu e acredito que, por falta de orientação a madrasta esta entranto ou já entrou e uma situação que vai ser difícil de sair. Criaram uma versão de que são inocentes e é claro as versões de um e de outro tem que necessariamente coincidir. Mas acredito e, acredito mesmo que a madastra deva ter feito sim algum ato que de alguma forma machucou a criança. Talvez estivesse fazendo bagunça no veículo impedindo que o filho menor dormisse e, num ato fez algum movimento que tenha machucado a criança. Acredito nisso pela prova pericial do machucado na testa e a marca da mão no pescoço da criança. não tenho conhecimento dessa perícia. Mas vamos lá. A partir daí uma série de atos em explicaçºao por parte do pai, não sei motivado por que ou pelo que encerrando-se com o arremesso da criança pela janela. Como poderia Anna a madrasta, cuidando de duas crianças sendo uma de colo ter colaborado ou mesmo impedido algum ato do pai??? Lembre-se tudo foi muito,muito rápido... O que poderia ter feito tanto para piorar ou melhorar a situação??? Nada. Acredito também que por falta de condição econômica e orientação em consultar um advogado independente, desligado da família de Alexandre não mostra a Anna outras possibilidades que ela teia em falar outra versão desa história que acredito exista.Percebo um afastamento entre os dois.

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