Advogado diz que operação da PF violou prerrogativas
O advogado Rogério Aleixo, sócio do Aleixo Pereira, objeto de uma operação de busca e apreensão por parte da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (30/6), informou que, ao contrário do que afirmam o ministro da Justiça e as autoridades da Polícia Federal e do Ministério Público, os alvos da operação em seu escritório foram clientes e não advogados.
Segundo Aleixo, tratou-se de uma invasão, semelhantes às que ocorreram anteriormente em outros escritórios, em flagrante desrespeito à inviolabilidade da advocacia. ?Fomos vítimas de uma arbitrariedade?.
O advogado diz que o mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, era genérico e abrangente, não especificando os objetos ou documentos a serem apreendidos ?Se quisessem, poderiam ter levado o escritório inteiro?, diz Aleixo.
Entre os documentos apreendidos está uma apostilha de um curso promovido pelo escritório Oliveira Neves, alvo principal da operação policial, e documentos de empresas estrangeiras clientes do escritório. ?Mas não é crime ter empresas estrangeiras como cliente?, diz Aleixo.
Rogério Aleixo disse que informou à OAB, à Aasp ? Associação dos Advogados de São Paulo e ao Iasp ? Instituto dos Advogados de São Paulo sobre o ocorrido e que pretende levar o caso à Justiça. ?Queremos resolver esta situação na forma da lei. Não vou sofrer calado este tipo de violência e não vou permitir que joguem o nosso nome na lama. Vou levar o caso às ultimas conseqüências?, desabafou.
Aleixo esclareceu que junto ao escritório de advocacia funciona o escritório de contabilidade da família, que não foi objeto das investigações e das medidas judiciais.