Advogado ameaça deixar caso se depoimento de Caio não for anulado

Jonas Tade pretende se reunir com o delegado do caso

Fonte: Agência Brasil

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O advogado Jonas Tadeu Nunes que representa Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, suspeitos de acender e jogar o rojão que provocou a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Ilídio Andrade, disse que pensou em deixar a defesa dos clientes ao achar que a polícia estava apontando o inquérito para a culpa de um dos dois. Para o advogado, os dois atuaram juntos na ação que provocou a morte do cinegrafista. “Na minha opinião os dois estavam juntos. Todos os atos frente a frente. Não tem essa de quem tem culpa maior ou culpa menor”, disse em entrevista à Agência Brasil.


Jonas Tadeu informou que, por enquanto, pretende se reunir nesta sexta-feira (14), pela manhã, com o delegado Maurício Luciano, responsável pelo inquérito sobre a morte de Santiago Andrade. Ele quer saber por que Caio Silva de Souza prestou depoimento na quarta-feira (12) ao delegado Fábio Pacífico, que também atua no caso, na Cadeia Pública José Frederico Marques, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio, onde está preso, depois de ter informado que só falaria em juízo. Se o depoimento for incluído no inquérito o advogado se afastará do caso.


“Se existir um conflito entre Caio e Fábio vai atrapalhar a linha de defesa em que estou pensando para desclassificar a ação que o delegado vai dar ao caso. Não quero trabalhar no sentido de um acusar o outro. Os dois têm que estar no mesmo raciocínio de defesa. Se existe uma colisão entre um e outro, é como se um pai fosse escolher entre um filho e outro. Ganhei a compaixão pelo Caio. Tenho compaixão e amizade pelo Fábio, então como vou escolher um para brigar com o outro? Eu não faria isso, mas graças a Deus isso não vai acontecer porque eles vão permanecer tranquilos quanto a isso”, analisou.


Para Jonas Tadeu, o depoimento sem a presença do advogado é ilegal porque violou um preceito constitucional e, por isso, pretende pedir a anulação do termo de declaração. “Isso gerou um constrangimento ilegal, violou uma norma legal. Amanhã estou entrando com uma medida judicial, um habeas corpus para trancar o inquérito”, explicou.


Em entrevista, na tarde de quinta-feira (13), o delegado Maurício Luciano disse que foi o próprio Caio quem pediu para fazer o depoimento e que o advogado não foi chamado dada a urgência, uma vez que o suspeito ia ser recolhido ao presídio. Já o advogado informou que Caio não tinha manifestado, para ele, a vontade de fazer um depoimento. “O garoto está acuado dentro da prisão. O que o levou a chamar o delegado e prestar depoimento, quando eu dei todas as garantias a ele para se reservar com o direito de prestar os esclarecimentos em juízo?”, questionou.

Palavras-chave: direito penal caso santiago manifestações

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