Foi adiada a formalização do acordo entre o Sindicato dos Estivadores e os operadores portuários da área de contêineres do Porto de Santos (SP) e a entrega da petição de desistência de cinco dissídios coletivos envolvendo as duas partes. A cerimônia marcada para o Tribunal Superior do Trabalho estava marcada para amanhã (22), mas terá de aguardar um referendo da assembléia dos estivadores santistas, a um total de 3.500 trabalhadores.

No último sábado (19), a ausência de quórum na assembléia dos estivadores levou à sua suspensão e impediu a ratificação do acerto, que já foi objeto de consenso entre operadores e a direção do sindicato profissional. Tão logo a categoria aprove os termos do acordo, algo que não ocorre há sete anos, será definida a data para sua comunicação ao TST e, ao mesmo tempo, a desistência dos dissídios coletivos. Três deles tramitam no TST, outro já foi julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (com jurisdição em São Paulo), e o último foi ajuizado no TRT paulista.

O acordo foi considerado histórico, pois poderá resultar em maior racionalização das relações de trabalho em Santos, principalmente em relação à escala dos trabalhadores. Os especialistas consideram o alcance dessa meta como fundamental para modernizar o maior porto da América Latina e tornar mais competitiva a política de exportações brasileira.