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Fonte: Andrea Capistrano Camargo Ribeiro e Angela Capistrano Camargo Cabral

A Reforma Tributária e o Novo Imposto Seletivo Tax Reform and the New Selective Tax

Os tributos, no ordenamento brasileiro, são instituídos através de leis, sejam elas leis complementares ou ordinárias, seguindo as competências estabelecidas na Constituição Federal e respeitando os princípios tributários (como os princípios da legalidade, da anterioridade e da capacidade contributiva, entre outros). A Constituição atribui competência para instituir certos tipos de tributos a diferentes esferas de governo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Essa distribuição de competência está prevista nos artigos 145 a 162 da Constituição. Há décadas discutimos sobre a carga tributária brasileira, sobre sua complexibilidade, sobre a existência de múltiplos tributos, enfim, esse assunto apesar de atualíssimo (será votado ainda no final de 2023) já remonta milhares de horas de estudos de tributaristas, contadores, empresários, investidores, comerciantes, empreendedores, contribuintes enfim, é um assunto que interessa a todo cidadão brasileiro. Ocorre que foi na última década que as propostas reais para uma alteração na Constituição Federal tomaram um formato e especificamente no último governo foi apresentado, catastroficamente ou não, a proposta inicial sobre a tão esperada “Reforma Tributária”. Toda reforma traz consigo o ideal de mudança. E se vai mudar algo que existe, naturalmente pensarmos que essa mudança só pode vir para melhor, não é mesmo? Mas, será? Será que a toda mudança leva à evolução? Evolução para quem? Para o contribuinte ou para o Estado? O presente estudo busca analisar aspectos relacionados ao objetivo da Reforma e seus efeitos na prática, especialmente com relação à criação do novo imposto, o já famoso IS, o IMPOSTO SELETIVO, apelidado de “Imposto do pecado”

INTRODUÇÃO Os cobradores de impostos, desde o início dos tempos, são tidos como inimigos do cidadão e a favor ?do Estado?. No Brasil atual não é diferente. Aqueles que estão a favor dos cidadãos lutam para a diminuição da carga tributária, enquanto aqueles que almejam aumentar a arrecadação para o Poder Público ?advogam? para o aumento dos tributos. É possível afirmar que as empresas brasileiras gastam em média 1500 a 2000 horas por ano para entender a complexibilidade do sistema tributário ...

Palavras-chave: IS Imposto Seletivo Reforma Tributária Meio Ambiente Saúde