Da Pandemia ao pandemônio
O texto fala sobre a crise causada pela pandemia do coronavírus.
Não fosso da crise sanitária gerada por um ente invisível, o vírus coroado, ou seja, o coronavírus. As diferenças vigentes no país se agigantam em todas as áreas na saúde, na educação, no trânsito, nas relações consumeristas e nas relações trabalhistas.
Sob o império diluviano atual, acumulamos a crise política com a crise institucional e a tríade de Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) se digladiam publicamente sobre questões que afetam o povo inteiro. No mesmo momento, descobre-se que somente se investiu no combate ao Covid-19 apenas trinta por cento que poderia ter sido efetivamente investido... os hospitais de campanhas alardeados como panaceia para todos os males, em grande parte sequer chegaram a existir.
Muitas pessoas apesar de reconhecerem a extrema necessidade do isolamento social, precisam buscar o sustento das ruas e de tarefas para a subsistência, sem contar, as casas humildes nas comunidades periféricas onde o número de habitantes, os fazem conviver em exíguo espaço físico. Como guardar o distanciamento necessário?
E, quanto aos alunos que não têm acesso a internet para assistir as aulas online e recobrar as aulas perdidas. Ouso dizer, é um ano perdido. O ano 2020 só existiu nos calendários trazendo angústia e aguçando as distâncias abismais a sociedade brasileira.
Há ainda a expressiva epidemia de abandono de animais domésticos devido a acirrada crise econômica e financeira ou ainda pelo medo de que cães e gatos possam transmitir o coronavírus.
No cenário pátrio vem ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, rebater criticando as manifestações de atual Procurador-Geral da República, Augusto Aras que denegriu a “caixa de segredos” da força-tarefa Lava-Jato de Curitiba que já foi considerada a maior investigação sobre corrupção do mundo. Afirmou Aras expressamente que precisamos corrigir os desvios e superar o lavajatismo... Aliás, a Associação nacional dos Procuradores da República (ANPR) enalteceu e elogiou a Lava-Jato e reprendeu as tentativas de enfraquecimento da operação.
O presidente negacionista constata em exame clínico está positivo para o Covid-19 e recomenda publicamente a cloroquina como se fosse uma mera aspirina. Depois algum tempo, afirma que testou negativo. E, então a primeira-dama apresenta exame positivo para Covid-19. Enquanto isto, no restante da família o vírus de investigações sobre as “rachadinhas” impregna todo o circuito nacional, particularmente o judiciário.
No Rio de Janeiro, não obstante a balizada opinião da FioCruz pretende-se que as aulas e escolas privadas comecem a funcionar regularmente a partir de agosto. E, já se encontra em marcha a flexibilização para retorno de todas as atividades.
O RJ tem 13,3 mil mortes por Covid-19, com alta de vinte e sete por cento nessas duas semanas. Foram registrados 1.995 casos novos nas últimas 24 horas. Em todo país, já se contabiliza 163.642 casos confirmados de Covid-19. Tanto o Governo do Estado do RJ quanto a Prefeitura do RJ decidiram voltarem gradativamente todas as atividades. Em paralelo, funcionários da área de saúde denunciam falta de insumos e atrasos de pagamentos e, mesmo os materiais básicos estão em falta.
Autores:
Diego Córdoba, Mestre em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde pela COC/FIOCRUZ (2019), Pós-graduado pela UFF, em Planejamento e Gestão de Educação a Distância (2018), pós-graduado em Tecnologia Educacional e Docência do Ensino Superior (2006) pela AVM (2017), Bacharelado em Sistema de Informação pela Faculdade Cenecista da Ilha do Governador (2005). Site: www.diegocordoba.com