Visita de Hillary mostra que divergências entre Brasil e EUA não devem interferir em relações bilaterais

A passagem pelo Brasil, na semana passada, da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, mostrou que as divergências entre Brasil e Estados Unidos não interferirão nas relações bilaterais entre os dois países.

Fonte: Agência Brasil

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Brasília - A passagem pelo Brasil, na semana passada, da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, mostrou que as divergências entre Brasil e Estados Unidos não interferirão nas relações bilaterais entre os dois países. Para o segundo semestre, é esperada a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil.

Diplomatas que acompanham as discussões informaram à Agência Brasil que as polêmicas em torno do apoio brasileiro ao programa nuclear do Irã e ao governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, diferem do defendido pelos norte-americanos, mas não causam incômodos políticos. Segundo eles, essas divergências são comuns no campo diplomático.

Para os negociadores brasileiros, não há possibilidade de um movimento de isolamento do Brasil na comunidade internacional em decorrência de seu apoio a questões controvertidas, como aos governos do Irã, da Venezuela, da Bolívia e de Cuba. De acordo com eles, o Brasil, ao assumir posições próprias, amplia seu lugar no cenário mundial e abre espaço para interlocução.

Durante entrevista coletiva de Hillary e Amorim, na última terça-feira (3), houve tensão quando a secretária de Estado afirmou que o governo do Irã tem diferentes versões sobre seu programa nuclear. Para o brasileiro, os argumentos da norte-americana são usuais entre adversários. Segundo Amorim, o Brasil quer esgotar as possibilidades de negociações.

De acordo com o chanceler, o Brasil vai trabalhar para evitar as sanções defendidas pelo grupo de países liderado pelos Estados Unidos - Inglaterra, França, Alemanha e Rússia. Segundo estes países, há suspeitas de que o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, estaria enriquecendo o urânio a 20% para a produção de armas nucleares.

Ahmadinejad nega as suspeitas. Para o Brasil, é importante evitar o isolamento do Irã e tentar uma negociação, sem a imposição de sanções. Na sua passagem pelo Brasil, Hillary não quis detalhar quais sanções econômicas poderiam ser impostas ao Irã.

Brasil e Estados Unidos também diferem nas relações com a Venezuela, a Bolívia e Cuba. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, foi durantemente criticado por Hillary, na sua passagem por Brasília, que o acusou de atentar contra a liberdade de expressão no seu país.

A norte-americana sugeriu que ele siga os exemplos de "êxito" do Brasil e do Chile.

Para os norte-americanos, o governo do novo presidente de Honduras, Porfirio "Pepe" Lobo, deve ser reintegrado à Organização dos Estados Americanos (OEA) de forma imediata. Mas o governo do Brasil defende que antes disso sejam definidas condições para que o ex-presidente deposto, Manuel Zelaya - atualmente abrigado na Costa Rica -, possa retornar ao país.

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